Considerado um dos gestores nacionais que mais defendeu a vacinação contra covid-19 durante a pandemia, o governador Ronaldo Caiado lança, às 9h desta quinta-feira, 15, a vacinação contra a dengue em Goiás. São doenças diferentes, mas o governador goiano adota os mesmos princípios e postura: ciência contra a doença e prevenção é melhor do que tratar depois. Durante o ato solene liderado pelo governador - que é médico - serão aplicadas as primeiras doses em crianças na Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia.
Secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Santos participará da agenda e informará novos detalhes do enfrentamento da doença em Goiás, que tem enfrentado o problema com um gabinete específico de produção de dados e orientações.
De acordo com o Governo de Goiás, o Estado recebeu 72.818 vacinas e concluiu a distribuição aos primeiros 51 municípios antes do feriado de Carnaval.
Originalmente foi definida a vacinação de crianças entre 10 a 14 anos. Mas a vacinação está restrita neste momento para pessoas com 10 e 11 anos, em função do quantitativo reduzido de doses fornecidos pelo laboratório produtor para o Ministério da Saúde.
Alerta
Conforme a SES, a transmissão da dengue se dá principalmente por mosquito do próprio quintal ou do vizinho. Daí a população ter que aumentar o cuidado com armazenamento de lixo dentro de casa. A limpeza de terrenos baldios e inspeção de imóveis fechados ou abandonados também pode prevenir.
Dados da SES mostram que 75% dos criadouros estão dentro das residências. O mosquito pode voar em um raio de até 100 metros de distância, sendo capaz de deixar uma residência para colocar os ovos em outro local, caso ali não encontre um recipiente com água parada, e ainda voltar para a mesma casa onde ele consegue alimento.
“Por isso a importância de manter a casa livre de depósitos propícios para acúmulo de água parada, onde o mosquito aedes aegypti deposita ovos, que se tornarão larvas e mosquitos adultos, cuja fêmea transmite as arboviroses, como dengue, zika e chikungunya”, explica o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível dos Reis. O LIRAa 2024 (Levantamento Rápido de Índices para aedes aegypti), mostra que mais de 30% dos criadouros encontrados estavam no lixo.
O mosquito Aedes aegypti possui um ciclo de vida de 45 dias e, apesar do período curto de sobrevivência, pode colocar até 450 ovos em ambientes propícios à sua reprodução. Por isso a preocupação grande com a limpeza de terrenos baldios e imóveis fechados ou abandonados, onde o lixo é criadouro certo para esse mosquito. Dentro de casa, todos também devem ficar muito atentos a locais com água parada. São cuidados necessários dentro de casa: evitar deixar recipientes, garrafas, vasilhas nos quintais, tratar a piscina com cloro, entre outras medidas.