Ele é lembrado em diversas canções, em poemas e poesias, mas além das questões culturais, é preciso que ele seja observado para o bem da nossa saúde. Afinal ele é o principal músculo do corpo humano, e tem como função fazer com que o sangue circule e chegue a outros órgãos. Está claro que o personagem do dia é o Coração, e a pergunta que não quer calar, você está cuidando bem do seu? Sabe se ele tem algum problema? Tem algo que pode estar atrapalhando a sua vida cotidiana e que pode estar relacionada há uma doença cardíaca.
O coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein e cardiologista, Humberto Graner, e de acordo com o médico o povo goiano se preocupa muito com o coração, no entanto, ele lembra que o goiano deixa a desejar quando o quesito é cuidado com este órgão do corpo. E cita que há diferenças entre o se preocupar e o cuidar propriamente dito do coração.
"Procurar um médico para fazer um checkup de rotina ou quando sentir sintomas é diferente de cuidar do coração. Cuidar do coração significa se comprometer com hábitos e atitudes que vão verdadeiramente impactar na saúde cardiovascular e ajudam a prevenir doenças".
Conforme o cardiologista, existe uma busca muito grande por consultas e exames de rotina, mas em relação a prática de atividades físicas, controle de peso, uma alimentação balanceada, cuidados com o sono mostra uma aderência muito baixa.
As pessoas vão ao cardiologista uma vez ao ano, mas esquecem que o mais importante é o que fazemos nos outros 364 dias Humberto Graner
Em uma entrevista feita há cerca de três meses no DMTV, o assunto abordado foi em relação aos problemas das válvulas do coração. Entretanto, existem outras patologias que podem afetar este órgão, como por exemplo os que afetam as artérias e as que afetam o músculo cardíaco, o miocárdio.
"Além dos problemas nas válvulas, existem as doenças que afetam o músculo cardíaco (chamado de miocárdio), ou o funcionamento elétrico do coração, que pode precipitar arritmias. Além disso, a obstrução das artérias coronárias, que irrigam este músculo cardíaco, pode causar doenças graves decorrentes de isquemia. Por fim, não há como falar do coração sem falar das artérias, pois trata-se de um sistema integrado, o sistema cardiovascular. Neste sentido, as doenças das artérias, como aterosclerose ou aneurismas, também afetam importantemente o paciente".
Questionado sobre qual é ou poderia ser a maior cardiopatia que uma pessoa pode ter, Graner é categórico ao afirma que é justamente a que a pessoa possuí. Pois, conforme o médico não é possível listar qual delas sejam mais grave ou pior.
"A pior para o paciente é a que o afeta, aquela que o ameaça. Uma hipertensão arterial pode ser tão grave quanto um infarto do miocárdio. Não só pelas questões de risco à vida, mas pelas complicações que podem causar, e o quanto isso pode afetar a qualidade de vida destes pacientes. Afinal hoje não adianta apenas buscar viver mais, mas viver com qualidade".
No dia 29 de setembro é comemorado o Dia do Coração, e o cardiologista afirmou que temos que cuidar do coração, mas não apenas com exames e consultas regulares, que o importante é o que fazemos no dia-a-dia, inclusive cuidados com o sono.
"É preciso ter uma alimentação equilibrada, fazer atividades físicas regularmente durante a semana. Também é preciso estar atento as questões do peso, evitar o sobrepeso e obesidade; abandonar o tabagismo, inclusive o cigarro eletrônico. Cuidar do sono também é importante, mas muita gente negligencia isso, e distúrbios do sono são fatores de risco para doenças cardiovasculares. E por fim cuidar da saúde mental, pois mesmo que precisemos da ajuda de especialistas! Não tem como falar de coração sem falar do equilíbrio mente-corpo", finaliza.