Os pacientes que precisam de medicamentos produzidos a base de canabidiol (CBD), substância presente na planta Cannabis sativa enfrentam, dentre outros problemas, os processos burocráticos e o alto custo dos remédios que dependem da importação.
Em entrevista ao Diário da Manhã, o diretor-presidente do Iquego, José Carlos mencionou a expectativa que a Indústria Química do Estado de Goiás tem de avançar na fabricação e distribuição desses medicamentos.
No Brasil, os valores de um frasco de 30 ml de canabidiol giram em torno de R$1.700 a R$1.900, a depender da concentração do produto. "A Iquego se propõe a conseguir colocar no mercado um produto que tenha a mesma qualidade dos produtos de alto custo e que atenda a população por um valor mais acessível", afirmou José Carlos.
Na oportunidade, o diretor explicou sobre a parceira com a empresa Golden BRZ, que possibilitou aos pacientes do Amapá receberem o medicamento que foi o distribuido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo ele, a primeira fase foi concluída em 2023, mas se trata de um projeto de dez anos. "Fase de comercialização do produto no Brasil. Posteriormente, a ideia é buscar autorizações junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para conseguir realizar a extração, o cultivo, todas as etapas até chegar ao óleo."
Distribuição dos medicamentos
José Carlos contou que a ideia é comercializar com a marca da Iquego, além de desenvolver iniciativas de pesquisa para fomentar o crescimento de outros produtos a base de canabidiol para uso medicinal.
Quanto a distribuição dos medicamentos, o diretor mencionou que a ordem do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) é que os produtos sejam fornecidos com qualidade e que os cidadãos tenham acesso rápido.
"A Iquego está trabalhando para avançar quanto ao canabidiol, para conseguir registros na Anvisa e distribuir os medicamentos no Juarez Barbosa de forma efetiva. Construindo uma parceira com Ministério da Saúde para garantir desde a produção ao fornecimento", comentou.
Ao mencionar a parceria que rendeu bons resultados, o diretor alertou sobre alguns fatores que impedem o avanço na saúde pública quando se trata do uso medicinal do canabidiol.
"É possível extrair muitos produtos da cannabis. Faltam pesquisas, comprovações científicas para que possamos avançar. Quando se trata desse assunto, devido a legislação e investimentos, estamos muito atrás dos grandes países como Austrália, Canadá, Estados Unidos", afirmou o diretor, que também pontuou a prioridade da estatal "ser uma opção de fornecimento para a Secretaria Municipal de Saúde, o Juarez Barbosa e outras insitutições."