A Policlínica Estadual de Goianésia realizou uma atividade educativa com os colaboradores sobre o Janeiro Roxo, mês que conscientiza sobre a hanseníase. A ação abordou a fisiopatologia da doença, desde o período de pré-patogênese, ao tratamento.
O Farmacêutico Jeremias, enfatizou que a hanseníase é uma doença infecciosa crônica. “Seu agente infeccioso denomina-se Mycobacterium Leprae, transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, espirro e tosse. É uma patologia de alta infectividade”, disse.
Os sintomas da Hanseníase incluem: alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, bem como da força muscular, observada principalmente em regiões do corpo como as mãos, braços, pés, pernas e olhos. Ela pode, inclusive, ser incapacitante, desde que indevidamente tratada, ou em casos de abandono do tratamento.
“Em relação ao tratamento, este se dá por meio da associação de três antimicrobianos: rifampicina, clofazimina e dapsona, administrados em forma de comprimido por via oral. Para pacientes com hanseníase paucibacilar a duração é de seis meses. Em contrapartida, os pacientes multibacilares, precisam aderir ao tratamento por um período de 12 meses”, comentou Jeremias
A gestora do cuidado, Bruna Póvoa, abordou o tema das notificações compulsórias, enfatizando a doença em questão, que é de notificação semanal. Ou seja, após sua identificação pelos profissionais de saúde, a notificação disponível no site do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) deve ser obrigatoriamente preenchida, e enviada aos órgãos competentes em um prazo de até sete dias.
“A notificação da Hanseníase é compulsória, ou seja, obrigatória, assim como outras doenças como a dengue, a malária, leptospirose e outras. Por ser um agravo de saúde pública, e devido ao grande número de casos incidentes e prevalentes no Brasil, a vigilância em torno desde agravo deve ser recorrente, a fim de que medidas cabíveis e mais assertivas para sua prevenção sejam pensadas e trabalhadas oportunamente”, afirmou.