A Policlínica Estadual de Goiás participou da I Oficina Estadual de Mobilização para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical da Doença de Chagas. O evento reuniu profissionais de saúde e representantes da sociedade civil envolvidos na rede de atenção à saúde, com o objetivo de promover o diálogo e as estratégias para fortalecer ações voltadas à eliminação da transmissão vertical da doença.
A transmissão vertical da doença de Chagas ocorre quando o parasita Trypanosoma cruzi é passado de mãe para filho durante a gestação, representando um importante desafio para o sistema de saúde. A enfermeira responsável pelo controle de infecção da Policlínica Estadual de Goiás, Bruna Lima, destacou a relevância do evento como uma oportunidade de aprendizado e troca de experiências.
“Durante o encontro, trabalhamos com estudos de casos para debater a doença de Chagas e sua linha de cuidado na rede de saúde. Essa troca de conhecimentos é essencial para aprimorar as práticas de atendimento e ampliar a conscientização sobre o tema”, afirmou.
Além das discussões práticas, os participantes da oficina desenvolveram textos norteadores com foco na realidade local. “Esses materiais são importantes para tornar o debate sobre a eliminação da transmissão vertical mais acessível, contribuindo para a educação em saúde e o engajamento de toda a comunidade”, complementou a enfermeira.
Doença de Chagas
A doença de Chagas é uma enfermidade tropical negligenciada e endêmica na América Latina, onde mata mais pessoas do que qualquer outra infecção transmitida por parasitos. É causada, principalmente, por um triatomíneo que se alimenta de sangue, pela ingestão de alimentos contaminados, mas também pode ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de um milhão de mulheres em idade fértil estejam infectadas, resultando em até 15.000 bebês nascidos com a doença a cada ano.