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Policlínica de Posse celebra Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Data surgiu como forma de garantir a interação social de maneira igualitária e sem preconceito

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Para comemorar o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, lembrado em 21 de setembro, a Policlínica de Posse promoveu uma palestra para os pacientes da unidade de saúde sobre o tema.

A psicopedagoga e professora da sala de AEE(Atendimento Educacional Especializado) no CEPMG- Unidade Dom Prudêncio, Ana Marta Pereira Costa, compartilhou com os presentes um pouco da sua história. ,

Desde minha formação no magistério, sempre participei de movimentos nas escolas relacionados com a inclusão, crianças com necessidades educacionais especiais. Em 2015 recebi a missão mais desafiadora em minha vida, ser mãe de uma criança com Hidrocefalia”, disse.

Ana Marta contou que a primeira reação foi de susto, medo e dúvidas. “Surgiu naquele momento um luto antecipado, antes mesmo do nascimento da minha pequena. Em dezembro de 2015, iniciou um novo ciclo em nossas vidas, em nossa família”, revelou.

A palestrante explicou que a Mielomeningocele é o tipo mais grave de Espinha Bífida gerada por um defeito na formação das meninges e medula espinhal do feto. Uma de suas consequências é a Hidrocefalia, ou acúmulo de líquido no cérebro, presente em 80% a 90% dos casos. ‘Na maioria dos casos, a mielomeningocele vem acompanhada de outras patologias, sendo as mais frequentes a hidrocefalia, o pé torto congênito e a malformação de Chiari. A doença pode levar a criança a ter déficit de aprendizado, dificuldade ou mesmo impossibilidade de caminhar e incontinência urinária”, comentou.

Ana Marta explicou que a criança com mielomeningocele deve frequentar uma escola regular para ter um desenvolvimento cognitivo e psicossocial adequado e ser alvo de orientação espacial adequada sempre que se mostrar necessário. “Conhecer a necessidade da minha filha passou a ser prioridade a partir daquele momento”, disse.

O acompanhamento médico, cirurgias, internações, equipe multidisciplinar, mostrando como seriam nossos primeiros anos de vida e aprendizado contínuo, foram fundamentais para entender e viver a nova fase. “Hoje percebo como é importante compartilhar, mostrar à sociedade que uma pessoa com deficiência não precisa e nem deve ser escondida, distante de uma vida típica. Participar de todas as oportunidades diárias, terem seus direitos preservados, acessibilidade, educação, saúde e lazer com dignidade”, afirmou.

O maior desafio é conhecer, identificar e refletir sobre todas as Necessidades Especiais. “É uma tarefa extremamente complexa no processo de escolarização dos alunos com sequelas de mielomeningocele e Hidrocefalia, a fim de que o professor possa atender as demandas educacionais específicas apresentadas pelos alunos, garantindo não apenas o acesso dos alunos às escolas regulares, mas sua permanência, tendo como principal objetivo a aquisição da aprendizagem de acordo com sua capacidade”, finalizou a palestrante

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