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A equipe multidisciplinar da Policlínica Estadual de Quirinópolis promoveu uma palestra para os pacientes da unidade sobre a campanha de Valorização da Vida, uma atividade que faz parte das iniciativas do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio. O objetivo foi informar e sensibilizar os pacientes sobre a importância do tema.
A psicóloga Ana Luiza Ferreira Moreira explicou que o Setembro Amarelo foi inspirado por uma história trágica que remonta a 1994, quando Mike Emme, um jovem americano de 17 anos, tirou a própria vida em seu Mustang 1968, que ele mesmo havia pintado de amarelo. "Desde 2003, o dia 10 de setembro é reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Em 2015, a campanha ganhou força no Brasil, unindo esforços do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)", destacou.
De acordo com Ana Luiza, o principal intuito do Setembro Amarelo é promover a conscientização sobre a prevenção do suicídio, alertando a população sobre a realidade desse problema tanto no Brasil quanto no mundo. "O diálogo é essencial para a prevenção; a identificação de fatores de risco e sinais de alerta pode fazer toda a diferença", afirmou a psicóloga.
Em relação aos fatores de risco e sinais de alerta, Ana Luiza destacou que os transtornos mentais são um dos principais fatores de risco, já que a maioria das pessoas que cometem suicídio apresenta pelo menos um transtorno psiquiátrico, como depressão ou transtorno bipolar. Além disso, o histórico de tentativas prévias aumenta significativamente o risco, assim como declarações que revelam desespero, como "eu desejaria não ter nascido" ou "ninguém vai sentir minha falta".
"Fatores estressores, como separação, migração ou luto, também devem ser observados. Muitas vezes, o que aprendemos é a evitar falar sobre nossos sentimentos, acumulando dores e angústias que podem se tornar insuportáveis", frisou.
Ana Luiza enfatizou que a saúde mental é uma prioridade e que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diversas opções de atendimento gratuito e de qualidade. Entre os locais onde é possível buscar ajuda estão: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Valorização da Vida (CVV) - Telefone: 188, e qualquer Unidade de Saúde (UBS). "É fundamental procurar a ajuda de um profissional. Conversar e ser ouvido pode ser um passo crucial na prevenção do suicídio e na valorização da vida", concluiu Ana Luiza.
