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Policlínica de Quirinópolis promove palestra para incentivar a doação de órgãos

Iniciativa conscientizou sobre a importância de comunicar à família o desejo de ser doador

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A Policlínica de Quirinópolis promoveu uma palestra voltada aos usuários da unidade sobre a importância da doação de órgãos, com o objetivo de incentivar o diálogo com as famílias sobre o tema. A palestra foi ministrada pela assistente social Cleonice Raymundo Teixeira, em alusão ao "Setembro Verde", campanha que marca o Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro.

A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância de comunicar à família o desejo de ser doador, uma vez que a legislação brasileira determina que a decisão sobre a doação de órgãos, após a morte, cabe exclusivamente aos familiares. Segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o Brasil registrou um número recorde de transplantes em 2023, com mais de 1,9 mil doadores autorizados por suas famílias, resultando em 4,3 mil cirurgias – um aumento de 16% em relação ao ano anterior.

Apesar desse avanço, ainda existe uma grande demanda a ser suprida. Cerca de 66,2 mil pessoas aguardam por um órgão no país, uma das maiores listas de espera dos últimos 25 anos. No Distrito Federal, 1.260 pacientes esperam por uma doação, e a recusa familiar é um dos principais desafios para melhorar os índices de transplantes. Estima-se que aproximadamente metade das famílias abordadas por equipes de saúde não autoriza a doação, muitas vezes por questões religiosas, falta de compreensão sobre a morte encefálica ou pela dificuldade de esperar pelo processo de entrega do corpo.

A assistente social Cleonice Teixeira ressaltou a importância de abordar o tema de forma clara com a família: "Somente os membros familiares podem autorizar a doação de órgãos e tecidos após a morte. Por isso, é fundamental que as pessoas manifestem sua vontade de forma objetiva e consciente", disse.

Existem dois tipos de doação de órgãos: a doação em vida, que pode incluir um dos rins, parte do fígado ou pulmão, e a doação após a morte, que abrange órgãos como coração, pulmões, fígado, rins, entre outros. A doação em vida, geralmente, ocorre entre parentes próximos ou cônjuges, enquanto a doação após a morte exige um diagnóstico de morte encefálica ou parada cardiorrespiratória, seguido de uma avaliação médica para determinar a viabilidade dos órgãos.

A doação não é recomendada em casos de doenças infecciosas graves ou tumores malignos, a fim de proteger os receptores.

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