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O transtorno bipolar faz parte dos transtornos de humor e é caracterizado pela alternância de humor , pois oscila entre momentos de euforia e depressão descontrolada que quando não tratada pode trazer impactos negativos na vida social dos pacientes.
Geralmente se manifestam em homens e mulheres entre 15 e 25 anos, podendo também atingir pessoas mais velhas, como mais jovens.
O transtorno pode ser classificado em quatro tipos, são eles: Transtorno Bipolar do tipo I, Transtorno Bipolar do tipo II, Ciclotímico e Transtorno Bipolar Não Especifico ou misto.
No transtorno bipolar do Tipo I o portador apresenta episódios maníacos que duram pelo menos sete dias, ou por sintomas de mania tão graves que em muitas vezes, ele terá que ser conduzido para o hospital. Os casos de depressão geralmente duram duas semanas. Também existe a possibilidade de casos de depressão e sintomas de mania aparecerem simultaneamente.
Transtorno Bipolar do Tipo 2 : Há uma oscilação entre os estados de depressão e os de hipomania, que caracteriza uma euforia mais leve.
Transtorno Ciclotímico, é considerado o caso mais leve do transtorno, onde o portador oscila entre períodos de hipomania e períodos depressivos, caracterizando uma instabilidade temperamental.
Transtorno Bipolar Não Especificado ou Misto : De acordo com os sintomas manifestado pelo paciente, confirma-se o transtorno, porém, não correspondem a nenhum dos três tipos acima citados.
De acordo com Leonardo Prestes, neurologista e psiquiatra do hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia, "O transtorno bipolar e é influenciado por fator genético. Normalmente nota-se casos de transtorno bipolar na família dos portadores. O transtorno também pode ser desencadeado por um período de stress emocional além do mais, o distúrbio pode se manifestar com momentos de depressão e euforia sem nenhum fator desencadeante. Ele ressalta a importância de um especialista, no caso um psiquiatra para fazer o diagnóstico adequado. O tratamento consiste o uso de medicação específica ,isentando o uso de antidepressivos além de acompanhamento psicoterapêutico e atividade física, ou seja, o acompanhamento precisa ser multidisciplinar". Diz.
Já para Lorena Bochenek ,neurologista do Centro Clínico Órion Complex, "A doença embora não tenha cura, enfatiza a necessidade desse tratamento onde são utilizados os estabilizadores de humor, além do acompanhamento psicoterapêutico .Além da predisposição genética outros fatores externos como uso de álcool e drogas potencializam o desenvolvimento do transtorno." Diz.
Os sintomas na fase depressiva são acompanhados de apatia, falta de interesse pelas atividades que antes tinha prazer em fazer, isolamento social, insônia, alterações de apetite, esquecer as coisas, sentir-se preguiçoso, pensamentos suicidas.
Já na fase maníaca, os sintomas são acompanhados de euforia exacerbada com valorização na autoestima e de autoconfiança, agitação, irritabilidade, descontrole nas ideias, gastos descontrolados com dinheiro, tornar-se mais ativo do que o normal, desvio de atenção, comportamento agressivo e mania de grandeza.
De acordo a jornalista Maria, "a parte mais difícil do transtorno sem dúvidas é a fase depressiva, o transtorno é um transtorno de humor que possui dois polos, como o meu é tipo II eu alterno em hipomania e depressão. A depressão bipolar é completamente diferente da depressão unipolar que todos já conhecem, a depressão bipolar traz pensamentos suicidas e isso atrapalha os relacionamentos e rendimento no trabalho." Diz.
O diagnóstico geralmente é realizado mediante relato dos sintomas do paciente. Fazer uma consulta com psicólogo e psiquiatra é um passo importante para estabelecer o diagnóstico que é complexo e demora em média 10 anos por que os sintomas podem ser confundidos com outros tipos de transtornos como distúrbio de ansiedade, síndrome do pânico e esquizofrenia .
