O Google admitiu rastrear celulares Android, mesmo quando a função de localização dos aparelhos estiver desativada pelos usuários. O caso veio à tona nesta terça-feira (21/11) após uma reportagem investigativa publicada pelo site Quartz.
Segundo a Exame, mesmo com a criptografia usada no envio de informações de localização, um smartphone infectado com malware ou spyware poderia compartilhar esses dados com terceiros sem que o usuário saiba.
De acordo com o Google, ele não armazena essas informações, e nem sequer as utiliza. O propósito de recebê-las era para buscar uma nova forma de acelerar o recebimento de mensagens. Mas, após o contato da reportagem do Quartz, a companhia se comprometeu a encerrar essa prática até o fim deste mês de novembro.
Leia a nota do Google sobre o caso:
“Para garantir que as mensagens e as notificações sejam recebidas rapidamente, os celulares Android modernos usam um sistema de sincronização de rede que requer o uso de Mobile Country Codes (MCC) e Mobile Network Codes (MNC). Em janeiro deste ano, começamos a usar os códigos de Cell ID dos aparelhos como um sinal adicional para melhorar a velocidade e desempenho na entrega de mensagens. No entanto, nunca incorporamos o número de Cell ID em nosso sistema de sincronização de rede, de modo que os dados são imediatamente descartados, e nós o atualizamos agora para não solicitar mais o Cell ID. O MCC e MNC fornecem informações de rede necessárias para a entrega de mensagens e notificações e estão distintamente separados do Serviço de Localização, que fornecem a localização do aparelho para alguns aplicativos.” (Foto: Reprodução Internet)