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Elon Musk, o bilionário proprietário da plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), está no centro de uma polêmica envolvendo a disseminação de desinformação sobre as eleições americanas de 2024. Um estudo recente do Center for Countering Digital Hate (CCDH) revelou que postagens enganosas feitas por Musk sobre as eleições acumularam cerca de 1,2 bilhão de visualizações, destacando seu potencial impacto no cenário político polarizado dos Estados Unidos.
Desde que adquiriu a plataforma em 2022, Musk tem usado sua conta pessoal para compartilhar informações que foram desmentidas por verificadores independentes.Entre as alegações, estão afirmações de que os democratas estariam incentivando a imigração ilegal para "importar eleitores" e que as eleições seriam vulneráveis a fraudes. Essas postagens, apesar de amplamente refutadas, não receberam notas de correção através do sistema "Community Notes" do X, que deveria permitir que os usuários adicionassem contexto às postagens.
A ausência de correções nas postagens de Musk levanta preocupações sobre a eficácia das ferramentas de moderação da plataforma. Imran Ahmed, CEO do CCDH, criticou Musk por usar sua posição privilegiada para semear desinformação, o que pode gerar discórdia e desconfiança entre o público. Essa situação é agravada pelo fato de que as equipes de confiança e segurança do X foram reduzidas, limitando ainda mais a capacidade da plataforma de moderar conteúdos enganosos.
Além disso, Musk enfrentou críticas por compartilhar um vídeo deepfake da vice-presidente Kamala Harris, que foi visto por milhões sem qualquer indicação clara de que se tratava de uma paródia. Apenas posteriormente Musk esclareceu que o vídeo era satírico, mas o dano já estava feito, com muitos espectadores possivelmente acreditando na veracidade do conteúdo.
disseminação de desinformação nas redes sociais não é um fenômeno novo, mas a escala e o alcance que plataformas como o X proporcionam são sem precedentes. A desinformação pode não só influenciar diretamente as opiniões políticas dos eleitores, mas também criar confusão sobre os procedimentos eleitorais, como datas de votação, o que pode impactar negativamente a participação eleitoral.
Pesquisas indicam que, embora seja difícil mudar diretamente as opiniões políticas das pessoas, é mais fácil influenciar seu comportamento, como desencorajá-las a votar. Isso é particularmente preocupante em um ano eleitoral tão significativo como 2024, quando mais de 50 países realizarão eleições.
