Um zelador, de 47 anos, foi preso na última sexta-feira, 23, sob suspeita de ter estuprado um menino de 4 anos em uma creche municipal localizada no distrito do Cangaíba, na zona leste de São Paulo. O crime ocorreu no segundo dia de aula da criança na creche Ermelino Matarazzo, quando o agressor teria esperado o momento em que a vítima estava dormindo para agir.
De acordo com informações fornecidas pelo 4º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), ao buscar o filho no início da tarde, os pais perceberam manchas de sangue e sêmen na roupa da criança, além de lesões em suas costas, durante o momento em que a banhavam em casa. Diante dessa situação alarmante, decidiu retornar imediatamente à creche.
Ao chegar à instituição de ensino, os pais informaram o ocorrido à diretora, que informaram que havia apenas três funcionários no local, mas nenhum deles estaria presente naquele momento específico. Preocupados, os pais, a diretora e a criança foram para a delegacia mais próxima, onde o delegado apresentou fotos dos três funcionários ao menino, pedindo que ele identificasse o agressor. A vítima, então, iniciou o zelador como o responsável pelo abuso.
Com base na identificação realizada pela criança, o delegado acionou equipes do 4º Baep, que se deslocaram até a residência do zelador e fugiram sua prisão. No entanto, o suspeito recusou veementemente ter cometido o crime, alegando que soube pela manhã sobre o ocorrido com outra criança na escola. Ele ainda afirmou que, segundo as imagens das câmeras de segurança, seria inocente.
A diretora da creche forneceu as imagens das câmeras de segurança às autoridades, que decidiram manter a prisão do zelador. Segundo ela, o suspeito era responsável pelo monitoramento das câmeras e tinha acesso às imagens. A polícia militar declarou que não há suspeitas de que o acusado editou ou apagou as escondidas, mas afirmou que ele agiu de forma astuta, cometendo o crime sem ser flagrado.
A vítima foi encaminhada para o hospital, onde foi submetida a exames de corpo de delito para documentar como prova do abuso. O zelador, que vigiava há 16 anos na creche e não possuía antecedentes criminais, permanece sob custódia das autoridades enquanto o processo é investigado.