Ocorreu ontem (26) um diálogo entre Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Associação dos Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e Ministério Público de Goiás (MP-GO). O encontro entre os representantes teve como objetivo a discussão de propostas para contenção da Covid-19 no território goiano.
Dentre elas está a possibilidade de fechamento das atividades econômicas por uma semana em Goiás, o lockdown. A medida seria uma forma de aumentar o isolamento social no Estado para 50% e evitar o colapso da Saúde. As informações são do jornal O Popular.
Atualmente há uma taxa de ocupação de 84% dos leitos de UTI estaduais, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Flúvia Amorim.
Ela havia alertado na última quarta-feira (24) em entrevista ao programa “O Mundo em Sua Casa” que as autoridades de saúde temem que na próxima semana os leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) cheguem à ocupação máxima por pacientes com a Covid-19. Isso pode fazer com que as unidades não tenham mais vaga para quem precisa. Também criticou a flexibilização do comércio por meio dos gestores, que estão determinado novas regras para funcionamento destas atividades.
Conforme a reportagem, o Hospital de Campanha (HCamp) de Goiânia apresenta uma taxa de ocupação acima de 80%. O Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) conta com leitos de UTI lotados desde o início da semana. Segundo a matéria, mesmo com variações, o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana) tem ficado lotado por muito tempo durante a semana.
Modelo por bandeiras
Além desta proposta restritiva, também existe a viabilidade da realização de uma medida de distanciamento que utiliza um sistema de bandeiras e cores, que separa o Estado por regiões. Uma ação parecida foi adotada pelo Rio Grande do Sul.
O modelo dividiria medidas de restrição por regiões. Goiás seria dividido em 18 regionais de saúde. Seriam quatro graus de sinalização simbolizados por cores: amarela, laranja, vermelha e preta. Sendo a medida mais flexível a amarela. Os graus de restrição variam até a bandeira preta, como destaca o jornal O Popular.
Os casos confirmados da Covid-19 estariam dentre os critérios para definição das cores, conforme o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, apontou à publicação."Com o número crescente de casos, se o sistema estiver absolutamente saturado, pessoas podem ficar sem a possibilidade de serem internadas, e aí representa desassistência que neste caso pode levar a óbito. Então é uma pressão muito forte que o sistema está sentindo neste momento", ressaltou.