A secretária de Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão comentou a decisão do Governo Federal em reduzir em mais de R$1 bilhão o preço mínimo da Celg D, que deve ir a leilão ainda este ano. "Quando levamos a companhia a leilão em agosto deste ano e não houve nenhuma empresa interessada no certame nós identificamos que o preço estava fora do preço real da companhia", explicou.
Ana Carla lembrou que a primeira avaliação da companhia energética foi feita em junho do ano passado e que deste período até o primeiro leilão, em agosto deste ano, a empresa passou por mudanças. "O governo federal atrasou muito a ida da Celg D para o leilão e neste período as condições operacionais e as condições financeiras da empresa se deterioraram ainda mais. Por isso a necessidade de uma nova revisão no valor da Celg".
O novo preço estipulado pelo Ministério de Minas e Energia para a Celg D é de R$ 1,792 bilhão. No primeiro leilão, convocado para agosto deste ano, o pedido mínimo pela empresa era de R$2,800 bilhões. A secretaria explicou que tanto o governo federal quanto o estadual querem a realização do novo leilão ainda neste ano para que a empresa não sofra ainda mais com perdas financeiras. "Estamos cogitando uma data entre o final de novembro até o começo de dezembro para realizar o segundo leilão. A intenção é evitar uma maior deterioração da empresa ou queda na qualidade do serviço prestado pela companhia. Caso isso ocorra, o preço mínimo pedido pode ser reduzido mais uma vez", explicou.
A secretaria de Fazenda explicou ainda a necessidade em vender a empresa. "A Celg precisa de investimentos para sanar o endividamento da empresa e para melhorar a qualidade do serviço prestado ao usuário. E pra isso é necessário investimentos altos que nenhum dos governos tem condições financeiras de oferecer". Hoje a Celg D é controlada pelo governo federal, através da Eletrobras. O Estado possui 49% das ações da companhia energética.