Repercutiu negativamente nas redes sociais dos goianos os votos dos parlamentares que apoiam Michel Temer em sua tentativa de se manter na presidência.
Com a imputação da prática de vários crimes, a Procuradoria Geral da República (PGR) expôs o comportamento político do líder peemedebista e presidente com pior avaliação na história do país. Mas sua defesa respingou na imagem de integrantes da bancada goiana.
Os parlamentares foram expostos ao vivo pela Rede Globo, que mostrou um a um os defensores do atual presidente. Oficialmente os parlamentares se dividiram em opinar que não existem provas de crimes ( o contrário do que pensa a PGR e mesmo o Supremo Tribunal Federal, que permitiu o prosseguimento dos atos processuais) ou que retirar o presidente, ainda que suspeito de praticar crimes, seria ruim para o país.
Nos bastidores, somam a isso outros fatores, apurados pelo DM junto aos deputados e lideranças de partidos.
Dez deputados apoiaram Michel Temer e sete permitiram as investigações: Heuler Cruvínel (PSD), Flávia Morais (PDT), João Campos (PRB), Fábio Sousa (PSDB), Delegado Waldir (PR), Rubens Otoni (PT) e Marcos Abrão (PPS).
Alexandre Baldy (Podemos)
É aliado de Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Sua perspectiva é de que receba as emendas de bancada e possa negociar com prefeitos sua reeleição.
Célio Silveira (PSDB)
É da ala marconista, que tenta articular apoio à permanência de Michel Temer. Além das emendas, receberá apoio em seu projeto de reeleição, além de figurar como possível candidato à vice-governador em Goiás.
Daniel Vilela (PMDB)
Depende necessariamente do apoio do PMDB nacional para disputar o Governo de Goiás. Um veto de Temer o tira da disputa. Recebe também emendas parlamentares.
Giuseppe Vecci (PSDB)
Integra a bancada leal ao governador Marconi Perillo e faz o que o governador requer. Também receberá emendas de bancada e apoio do Governo de Goiás para tentar a reeleição.
Jovair Arantes (PTB)
Costuma votar com o governo, seja ele qual for. É sempre contemplado com cargos e emendas milionárias. Seus acordos não passam pelo grupo marconista.
Lucas Vergílio (Solidariedade)
Vota pelas emendas e por acordos fechados diretamente com o Governo Federal. Não se sabe se tentará reeleição.
Magda Mofatto (PR)
Como os demais deputados líderes partidários, vota por interesses pessoais, cargos e orçamentos. É voto independente da ala marconista.
Pedro Chaves (PMDB)
É voto do PMDB autêntico. Apesar de não ter compromisso com reeleição, já que não pretende disputá-la em 2018, tem vários interesses nas emendas orçamentárias.
Roberto Balestra (PP)
Vota com o presidente Michel Temer devido aos acordos fechados com o presidente por meio da bancada ruralista. Recebe emendas orçamentárias e enfrenta a acusação de ser um dos políticos com as maiores dívidas em relação à união. Conforme a Veja, ele deve quase 100 milhões para a União. Com este débito, soa natural o voto que não contraria quem está no comando da União.
Thiago Peixoto (PSD)
Faz o que Marconi mandar. É da base marconista e leal ao governador goiano, apesar de manter atritos dentro da base. Não deve ser candidato à reeleição devido a crescente redução de votos nos últimos pleitos e tentará uma vaga de vice na chapa encabeçada por Zé Eliton. Recebe emendas parlamentares.