O PP corre, hoje, o risco de perder dois deputados federais, em Goiás. O amigo da gente, radialista Sandes Júnior, e o produtor rural Roberto Balestra, alinhados com o ‘Tempo Novo’, fundado no ano de 1998, com a eleição de Marconi Perillo [PSDB] ao Palácio das Esmeraldas, e a derrota de Iris Rezende [MDB], defendem a manutenção da aliança com a ‘Base Aliada’.
O vice-governador do Estado, José Eliton, um tucano de alta plumagem, assumirá a Casa Verde, dia 7 de abril e disputará a reeleição em 7 de outubro de 2018. Marconi Perillo deve ocupar a primeira vaga ao Senado da República. Lúcia Vânia, presidente do PSB, com o suporte do PPS, sob o controle de Marcos Abrão, é a favorita para ficar com a segunda vaga.
WILDER MORAIS
O problema é que o empresário Wilder Morais [PP], que assumiu a cadeira no Congresso Na-cional com a cassação de Demóstenes Xavier Torres, hoje no PTB, envolvido em 2012 na Ope-ração Monte Carlo, executada pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, exige o posto para a celebração da aliança. Presidente nacional do PP, Ciro Nogueira acena ao MDB [GO].
Ex-titular da Secima [Secretaria das Cidades, Meio Ambiente e Recursos Hídricos], o presidente do PSD, em Goiás, Vilmar Rocha, aliado de Gilberto Kassab [SP] e fundador do ‘Tempo Novo’, em 1998, rejeita o nome de José Eliton. Mais: quer disputar a eleição ao Senado. O ex-deputado federal não descarta a possibilidade ainda de entrar na disputa ao Governo Estadual.
Populismos múltiplos
O líder socialdemocrata, especialista em Direito Constitucional, pesquisador dos populismos múltiplos, de direita e de esquerda, no Brasil e na América Latina, um homem ilustrado, de formações iluminista e enciclopédica, já ensaiou conversas com o presidente do DEM, Ronaldo Caiado, seu antigo adversário, e até com o deputado federal Daniel Vilela, do MDB [GO].
Thiago Peixoto, cotado para a vice de José Eliton, e Heuler Cruvinel, deputado federal, possuem identidade programática com a ‘Base Aliada’. Os dois possuem até o próximo dia 7 de abril para definir se continuem na sigla, desfiliam-se do PSD e ingressam na ‘Base Aliada’. O mesmo dilema enfrenta, hoje, o deputado estadual, de olho em 2020, Francisco Júnior [PSD].