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Bolsonaro determina que militares celebrem golpe de 64

Admirador do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército, um dos órgãos atuantes na repressão política, durante o período da ditadura militar no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), orientou que os quartéis comemorem o “aniversário” do golpe militar de 1964 no dia 31 de março.

A “data histórica” para os militares, marca a derrubada do presidente, democraticamente eleito João Goulart e o início da ditadura que só chegou ao fim em 1985. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff (PT), presa e torturada pelo regime, recomendou ao comando das Forças Armadas a suspensão de qualquer solenidade que marcasse o dia.

O governo Bolsonaro quer unificar as ordens do dia com textos preparados e lidos separadamente pelos comandantes militares, mas a retomada das celebrações do golpe militar gerou reações até mesmo de generais da reserva. O receio dos generais é essa associação do presidente à exaltação da ditadura militar seja mais um fator desfavorável às discussões em torno da Reforma da Previdência.

Pelos primeiros esboços que estão sendo feitos pelo ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, o texto único ressaltará as “lições aprendidas” no período, mas sem qualquer autocrítica aos militares. O período ficou marcado pela morte e tortura de dezenas de militantes políticos que se opuseram ao regime.

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