Uma operação realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira, em São Paulo, dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL).
Os presos, Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan) são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
De acordo com o Ministério Público, a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais. Contudo, o Ministério Público não deixa claro a relação da suposta lavagem de dinheiro praticada pelos presos com a dívida do criador do movimento.
O MBL disse em nota que Alessander e Carlos Augusto nunca foram membros do movimento e que as atividades empresarias e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação.
A operação batizada de "Juno Moneta" cumpre seis mandados de busca e apreensão e duas prisões na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista. Ao todo, 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e 16 viaturas participam da ação.
O cofundador e coordenador nacional do MBL e deputado federal Kim Kataguiri, usou o Twitter para negar as acusações e o envolvimento dos presos no Movimento.
Investigações
Segundo o Ministério Público Alessander Monaco Ferreira é investigado pela criação e sociedade de duas empresas de fachada. E por movimentar um valor alto e incompatível com seu rendimento. Ele teria realizado doações suspeitas ao MBL por meio de uma plataforma do Google.
As investigações apontam 50 viagens à Brasília feita por Ferreira, entre julho de 2016 a agosto de 2018 para o Ministério da Educação com objetivos não esclarecidos.
Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, segundo MP, é acusado de fazer ameaças aos que questionam os recursos do MBL.
Ainda, de acordo com a Receita Federal, ele teria criado quatro empresas de fachada com indícios de movimentação financeira incompatível.
*Com informações do G1