O policial militar reformado Fábio Henrique Vieira foi encontrado morto em um veículo incendiado na tarde de sábado (2) em Itupeva (a cerca de 75 km de São Paulo).
O PM, que morava na capital paulista, entre outros, fez carreira na Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), grupo de elite da Polícia Militar. Seu último posto foi no 38º BPM.
No interior do veículo, um Jeep Compass, que está registrado em nome da mulher do militar, havia o corpo de um outro homem, cuja identidade não foi informada.
Segundo registrado em boletim de ocorrência, um dos mortos tinha um orifício no crânio, semelhante a disparo de arma de fogo. Não foi informado em qual das duas vítimas havia a marca.
De acordo com a ocorrência, a Guarda Municipal de Itupeva encontrou o veículo em chamas por volta das 14h30 na via Cirineu Tonolli. Os GMs e solicitaram apoio dos bombeiros de Cabreúva, que verificaram a presença dos dois corpos no interior do carro logo após apagarem as chamas.
Os dois foram retirados do local para encaminhamento ao IML.
De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo de Vieira foi reconhecido por parentes no domingo (3). Eles confirmaram que o policial estava desaparecido desde a véspera. A identificação será concluída meio de exames de DNA ou de arcada dentária.
O caso foi registrado como homicídio pelo plantão do 1º DP de Jundiaí. Diligências estão em andamento para a identificação das vítimas e da autoria do crime, afirma a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
Na madrugada da última sexta-feira (1º), um PM foi morto em uma suposta tentativa de assalto na avenida Castelo Branco, região da marginal Tietê, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Segundo a SSP, o policial e um amigo, também PM, estavam à paisana em suas motocicletas quando foram abordados por dois criminosos em outra moto.
Não está claro se houve troca de tiros, mas houve disparos de arma de fogo e um dos PMs acabou atingido. Ele chegou a ser levado para o Pronto-Socorro São Camilo, mas morreu.
O caso será registrado como latrocínio no 91º DP (Ceagesp).
Dados da própria pasta mostram que nos nove primeiros meses deste ano, 23 policiais militares foram mortos ou em serviço ou de folga. O número é 35% maior que os 17 do mesmo período do ano passado.