O diretor clínico, a coordenadora de enfermagem do Hospital Municipal de Silvânia e secretária de Saúde da cidade foram afastados de suas funções, após a paciente Vitória Crystina Queiroz dos Santos, 21, dar entrada na unidade de saúde com uma crise de ansiedade e vir a óbito poucos dias depois.
O delegado do caso, Leonardo Sanches, informou que os pais de Vitória procuraram a polícia e relataram que a filha foi vítima de erro médico após dar entrada no Hospital Municipal de Silvânia, e morrer após ser transferida para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia.
Durante as investigações a equipe policial pediu à unidade de saúde as informações sobre o atendimento a jovem. "Ela deu entrada na unidade por volta das 17h30 segundo cosnta o prontuário médico, com um surto. A paciente tratava de questões psicológicas e por volta das 23h ela saiu desacordada em uma ambulância do Samu, levada para a Upa Buriti Sereno em Aparecida. No dia seguinte, ela foi transferida para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, e veio à óbito no dia 9 de julho", conta.
O investigador afirma que as investigações tiveram início após a mãe da vítima autorizar, e foram solicitados junto ao Hospital de Silvânia os prontuário de atendimento da paciente. "O Hospital encaminhou toda documentação solicitada, mas após as análises dos documentos, constatamos que eles eram ideologicamente falsos, pois ali foram omitidas informações de procedimentos e quantidade de medicação administradas na paciente".
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Após constatar que os dados foram falsificados, a polícia solicitou junto ao Judiciário que fossem expedidos os mandados de busca e apreensão e o afastamento dos envolvidos. No intuito de identificar que os documentos hora apresentados pela unidade de saúde anteriormente foram produzidos "e que não correspondem a verdade dos fatos".
Os mandados foram cumpridos nesta quarta-feira, 9, e o diretor clínico do hospital, a coordenadora de enfermagem da unidade e a secretária de Saúde do município foram afastados de suas funções. De acordo com o delegado, os envolvidos foram os responsáveis por preencher os formulários de atendimento da paciente e tentavam esconder documentos que poderiam auxiliar nas investigações.
Sanches afirma também que o afastamento dos servidores se dá em razão deles tentarem intimidar testemunhas do caso, no momento que essas eram intimadas para comparecer na unidade policial.