A balança comercial brasileira fechou o mês de novembro com um saldo positivo de US$ 8,776 bilhões, o maior da série histórica iniciada em 1989. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O superávit foi impulsionado pela queda nas importações de combustíveis e compostos químicos, que refletiu a redução nos preços internacionais do petróleo e seus derivados. Além disso, a safra recorde de soja contribuiu para o aumento das exportações do setor agropecuário.
No acumulado do ano, o saldo da balança comercial já soma US$ 89,285 bilhões, superando o recorde anual de US$ 61,525 bilhões obtido em 2022. A expectativa do governo é fechar o ano com um superávit de US$ 93 bilhões, o que representaria um crescimento de 51% em relação ao ano passado.
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As exportações brasileiras somaram US$ 27,82 bilhões em novembro, registrando uma leve alta de 0,6% em relação ao mesmo mês de 2022, pela média diária. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 19,044 bilhões, apresentando uma queda de 11,2% pelo mesmo critério.
Segundo o MDIC, a balança comercial brasileira foi beneficiada pela recuperação dos preços do minério de ferro, que compensou a queda de outras commodities. Por outro lado, a demanda interna fraca e a valorização do real frente ao dólar desestimularam as compras do exterior.
Em termos de volume, as exportações cresceram 5,1%, enquanto as importações diminuíram 1,8% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em termos de preços, as exportações caíram 4%, enquanto as importações recuaram 9%.
Os principais produtos exportados pelo Brasil em novembro foram soja, minérios de ferro e concentrados, pedra, areia e cascalho, frutas, nozes e animais vivos. Os principais produtos importados foram trigo, milho, látex e borracha natural, combustíveis e lubrificantes, máquinas e equipamentos, veículos e partes.
Os principais parceiros comerciais do Brasil em novembro foram China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Alemanha. A China foi o destino de 32,7% das exportações brasileiras e a origem de 22,4% das importações. Os Estados Unidos foram o destino de 10,5% das exportações e a origem de 16,4% das importações.
A Argentina foi o destino de 5,4% das exportações e a origem de 5,9% das importações. Os Países Baixos foram o destino de 4,9% das exportações e a origem de 2,9% das importações. A Alemanha foi o destino de 3,7% das exportações e a origem de 4,5% das importações.