Prezados amigos, leitores e colegas. Estou lançando hoje, dia 06, um Box intitulado Ciclo do sertão, contendo os meus três livros publicados nas décadas de 1950 e 1970: “O que foi pelo sertão” - Editora de Autores Novos - SP (1956) ; “Sertão - o Rio e a Terra” – Editora - Livraria São José - Rio de Janeiro (1959) e “Força da terra” - Editora José Olympio - Rio de Janeiro, em 1974. São todos livros de contos, alguns deles premiados e participantes de antologias. Também a critica da época ajudou muito. Hoje, infelizmente, quase ninguém faz, não digo crítica, mas avaliações de nossos livros.
O lançamento será na Livraria Leitura, no Goiânia Shopping (Parque Vaca Brava), a partir das 18,30 horas – A edição é da Tagore Trampolim, de Brasília e o preço do Box é de 50 reais. Espero por vocês e, antecipadamente, agradeço!
O primeiro livro é como o nascimento do primeiro filho. As opiniões dos críticos da época sobre o que foi pelo sertão, me animaram a prosseguir na literatura. Hoje estou com 50 livros publicados e muitos outros prontos para saírem. Atualmente estou findando o paradidático história de Goiânia para escolas – Do Fundamental a Faculdade.
Algumas apreciações sobre estes livros: “Os contos de W. Bariani Ortencio, escritos em linguagem clara, correntia, retratam admiravelmente bem, os cenários goianos. A dialogação dos tipos sertanejos é expressiva e perfeita. Não são palavras ou períodos inventados para causar efeito, mas exprimem perfeitamente o linguajar da gente do hinterland. O autor, grande observador do meio, evoca emocionalmente a paisagem e a vida da terra anhanguerina. “O que foi pelo sertão” é uma promissora amostra de seus pendores regionalistas, nada lhe faltando para que de futuro nos dê uma obra de fôlego capaz de ficar como documento dos tempos que correm.”- Victor de Carvalho Ramos
“O que foi pelo sertão” é um livro de contos que se lê com satisfação. Boa idéia foi a anexação de vocabulário elucidativo, mormente em se tratando de assuntos regionais. Vale muito para pesquisas folclóricas. É exemplo que todos os escritores ditos regionalistas deveria anotar” - Adelino Brandão
“W. Bariani Ortencio, jovem autor de Goiás, reuniu num volume excelente colheita de histórias sobre o seu Estado”- Raul Lima
”Bariani Ortencio é um homem do sertão que revela inegáveis qualidades como contista, e principalmente como pintor de cenas e episódios da vida roceira.”- Herculano Pires
“É ótimo o contista de “O que foi pelo sertão” - Xavier Placer
“O que foi pelo sertão”, são quatorze contos esplêndidos, bem feitos, originais e que representam a expressão nova de um estado tão vivo de interesse. O autor tirou partido nas suas interpretações, soube ver o fenômeno popular, deu ênfase às coisas, e escreveu uma bela e curiosa série de contos que se lêm com encanto.” - Dante de Laytano
“W. Bariani Ortencio um talento fortemente original. Se quiséssemos fazer comparações, somente encontraríamos um valor assim, do ponto de vista do genuíno e do puro sem mescla, no gaúcho João Simões Lopes Netto. Ele tem o ceticismo meio cínico, meio resignado caboclo, o amargo humor que alguns estranham em Machado de Assis. O autor tem um rude e belo estilo, com achados poéticos, como a descrição de “um casarão desertamente abandonado” e quando fala de uma “procissão que meandrava pelo arraial”. São 128 páginas só, mas que mundo, e que síntese! É um livro que vale a pena ser lido. Prende a atenção e vai-se até o fim.” - Ruth Guimarães
“Na mesma linha do conformismo formal encontramos Bariani Ortencio com o livro de contos Sertão Sem Fim, onde o autor se impõe pela originalidade de sua narrativa que, pelo conteúdo local, se torna autêntico documentário regional. Um escritor, sem dúvida alguma, para o grande público”. Leonardo Arroyo – São Paulo
Sobre o livro Sertão - O rio a terra e a força da terra – “Realmente os contos são magníficos. Dialogação perfeita, linguajar apropriado, estilo cristalino, cenários bem caracterizados. Meus parabéns. W. Bariani Ortencio é, atualmente, dos melhores regionalistas. De um fato insignificante forja um conto bem produzido, cheio de emoção e surpresa.” – Victor de Carvalho Ramos – Jornal Lavoura & Comércio – Uberaba
“Sertão – o rio e a terra” (contos goianos) mostra o espírito criador de um escritor que maneja a ficção com desenvoltura, o estilo sem preciosismo e devoto amor à tradição e aos costumes que fazem de seu livro contribuição feliz para o desenvolvimento e importância da literatura regionalista.” Dante de Laytano – Jornal O Estado do Rio Grande – Porto Alegre
“Sertão – o Rio e a Terra” agradou-me imenso, principalmente pela forma literária, linguagem tipicamente brasileira tão curiosa na sua maneira simples, pessoal, diferente, única.” – Maria da Conceição Nobre – Angola, África
“Há, entre os que estrearam há menos de cinco anos, um autor que necessita ser considerado: W. Bariani Ortencio, de “Sertão – o Rio e a Terra”, fiel ao regionalismo goiano, não ultrapassa a fala do povo para compor as histórias que tanto nos faz lembrar Hugo de Carvalho Ramos. O narrador, que conhece perfeitamente a região, de tal modo ergue os episódios que fatal se torna sua colocação entre os melhores regionalistas brasileiros. O conto “O Peixe Quebra Anzol”, quase uma pequena obra – prima assegura a importância deste contista e basta para demonstrar como são poderosos seus recursos”. Adonias Filho – Diário de Notícias – Rio
“ O Sr. W. Bariani Ortencio, em “Sertão – o Rio e a Terra”, demonstra ser um perfeito narrador de contos regionalistas, sabendo prender e arrastar a atenção do leitor, da primeira à última linha sem fatigar” - Álvaro Augusto Lopes – Jornal A Tribuna – Santos
“ Se o provincianismo que se manifesta no título, nas ilustrações toscas, nas opiniões transcritas nas “orelhas”pode influenciarmos desfavoravelmente, a leitura dos contos reconcilia-nos com o autor que possui inegáveis dotes para o gênero. A capacidade de criar tipos e arquitetar histórias, a habilidade de manter até o fim o interesse do leitor, certo humor seco e lacônico, são qualidades do novo contista. Seu estilo, fluente e direto, com boa dosagem de regionalismo”. Aurélio Buarque de Hollanda – Diário de Notícias - Rio
“Tais pequenas histórias de W. Bariani Ortencio inspira-se no cenário rude da zona centro-oeste brasileira e revelam aspectos curiosos, originais e amargos muitas vezes da vida sertaneja e das condições da existência do homem vinculado ao interior goiano. Os vinte contos enfeixados neste volume reafirmam as qualidades de observador e estilista que é W. Bariani Ortencio, já destacados em livro anterior”. Maria de Lourdes Teixeira – Folha da Manhã - SP
“Sertão – o Rio e a Terra”, do jovem contista goiano W. Bariani Ortencio, reafirma as qualidades reveladas pelo autor em seu livro “O Que Foi pelo Sertão”, como escritor regionalista do grande Planalto Central, simples e honesto como a sua gente”. Judas Isgorogota – A Gazeta - SP
“O trabalho de W. Bariani Ortencio – “Capricho do Destino”, em seu último livro “Sertão – o Rio e a Terra” poderá ser apresentado aos criminalistas de qualquer parte do mundo, porque o autor fixa o individuo assombrado com um suposto ataque, chegando a não conhecer um compadre, companheiro diário de viagem, quase o matando em uma encruzilhada, no interior do seu veículo. Tomou o personagem de Bariani Ortencio, a atitude de defesa subjetiva, e se acionasse o gatilho do revólver, estaria caracterizado o “erro de pessoa”. Admiro que Bariani Ortencio, não sendo bacharel em Direito, nem mesmo estudante, tal como Machado de Assis, fixasse tão bem situações jurídicas enquadradas no Direito Criminal”. Aloisio de Carvalho Filho (Conferência: “Machado de Assis e o Direito Penal”- Salvador
“Uma linguagem simples, uma narração que se conduz sem artifícios de estilos, de maneira natural, prende o leitor desde o começo dos contos – “O espantalho milagroso” até o último – “O peixe quebra anzol”. São vinte histórias que, trescalando no enredo perfumes verdes dos campos goianos, da vida ingênua de vilarejos, merecem figurar entre as melhores produções da literatura regionalista”. José D’Aparecida Teixeira – Diário de Notícias – Ribeirão Preto
“W, Bariani Ortencio narra os casos de sua terra numa linguagem simples, mas sem deselegância sintática, sem impropriedade de vocábulos ou mau gosto de expressão. Ao lermos esses contos, até parece que estamos ao ouvi-los ao pé do fogo, nas noites friorentas daquela região, dos lábios dos próprios sertanejos. Fiel em tudo à cor local, que se retratam através de intrigas, por vezes meio ingênuas, mas sempre pitorescas, os tipos, os usos e costumes goianos. Devemos acentuar ainda a origem folclórica de muitos enredos que o autor soube tecer com graça e habilidade. Eis um livro de caráter popular, escrito pra o grande público, onde os estudiosos da vida brasileira poderão encontrar, entretanto, elementos documentários apreciáveis”. Brito Broca – Correio da Manhã – Rio
“Sua expressão é fluente, não acusando a busca de palavras, nem meandros na construção das frases; e seus contos dizem alguma coisa com a convicção suficiente para lhes dar aquele caráter de autenticidade que, embora ilusória, é necessária à composição em prosa. Estamos, portanto, diante de um autor que se confirma num gênero que empolga cada vez mais os escritores jovens do País”. Domingos Carvalho da Silva – Diário de S. Paulo
“Os contos de Bariani Ortencio, que estreou em 1956 com a obra “O Que Foi Pelo Sertão”, tendo por cenário as paisagens da zona centro-oeste brasileira, revelam, através de uma narrativa linear, de um estilo despretensioso, direto, simples, aspectos interessantes da vida sertaneja e as condições de existência do homem vinculado ao interior goiano”. Oscar Sabino Jr. – Revista Leitura – Rio
“Alguns contos de Bariani Ortencio pertencem à forma fácil do regionalismo de Os Caboclos; mas um conto como “A Busca” poderia figurar em qualquer severa antologia da ficção brasileira contemporânea”. Wilson Martins
“Há um freqüente realismo em todas as histórias fabulosas e Bariani Ortencio debuxa com mão segura os quadros, sem necessidade de acentuar as cores, mas utilizando apenas os tons justos, que acertam os contornos daquela realidade. E não falta ao livro, o que muito me interessou, uma soma preciosa de indicação da vida de folk, estórias, lendas, tradições, essa existência rudimentar que uma sabedoria empírica e uma arte espontânea animam”. Renato de Almeida – Recife
“O regionalismo é literatura válida, pois os cronistas de amanhã buscarão nos regionalistas de hoje os elementos para a verdadeira História do Brasil. Sertão Sem Fim, de Bariani Ortencio, é uma grande contribuição para o regionalismo brasileiro. Os seus diálogos são tão perfeitos que, se duas pessoas estiverem lendo os seus contos, teremos a impressão que elas estarão conversando”. Mário Palmério – Uberaba
“...Doze contos juntos, de hábil tessitura, viva cor local senso do dramático em cada história. Chega o autor, cedo ainda, a um estágio de maturidade apreciável, seguro da sua arte de narrar: com uma expressão adequada,narra episódios e desenha quadros com a medida precisa do humano e do social. A terra e o homem... não saem falsificados, nem diminuídos nem aumentados, em sua ficção, que se reveste de um realismo – antes de um verismo notável, sob vários pontos de vista”. Valdemar Cavalcanti – Rio
“...Entre os que lhe louvaram as virtudes de contista, nomes como os de Adonias Filho, Álvaro Augusto Lopes, Aurélio Buarque de Holanda e Adolfo Casais Monteiro. Esses louvores eram merecidos, pois o ficcionista goiano, além de conseguir, como assinalou Casais Monteiro – Fazer literatura regionalista sem os vícios habituais do regionalismo – mostra-se capaz de dar aos seus contos um clima de realidade e convicção próprio dos verdadeiros cultores do gênero, dos que não se perdem em artifícios e divagações supérfluas... não se repete, não se obscurece, não se contradiz”. Domingos Carvalho da Silva, sobre apreciações dos mestres ao regionalismo de Bariani Ortencio.
Notas do editor Victor Tagore: “A coleção Sertão é uma edição de preservação, cultura e reconhecimento da trajetória literária do escritor Waldomiro Bariani Ortencio. Paulista, mas goiano por opção e alma, traz nesta coleção a sua obra-prima sobre o sertão que ele tanto viveu e até mesmo contribuiu para consolidar. O sertão de Bariani descreve uma vida que já virou ficção para muitos de nós. Ao republicar suas três grandes obras, reabre as discussões o que foi para o homem e para o Brasil ir para o centro do planalto brasileiro. Hoje para alguns um Eldorado e para outros, nem tanto. Essa dicotomia nos personagens e nas imagens de uma terra nova são as imagens que se enraizaram nas memórias de quem lê Bariani Ortencio. É fácil para quem percorre as páginas de Bariani, um Anhanguera moderno que observa e reinterpreta o mundo que o cerca assombrando os leitores com tão vasta obra. A sua vida foi e é uma aventura na mesma intensidade de seus romances que trazem um apelo ao pensamento, ao sonho e ao tempo.”
Macktub!
(Bariani Ortencio – barianiorten[email protected])