A denúncia do Ministério Público (MP-GO) contra seis acusados de desviar dinheiro do plano de saúde dos servidores da Prefeitura de Goiânia, Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), foi aceita pela Justiça de Goiás. Uma das pessoas denunciadas é o presidente afastado do órgão, Sebastião Peixoto. Segundo as investigações, o grupo lançava procedimentos médicos falsos por clínica de fachada para receber valores indevidos.
Romero Ferraz Filho, advogado de Sebastião, disse que “tem a plena convicção de que ele [cliente] é inocente”. Ainda segundo o texto, Sebastião “nunca se reuniu ou se associou com ninguém pra obter vantagem ilícita ou praticar crimes” e que “quando se deparou com a informação de indícios de fraude no Imas, suspendeu todos os pagamentos”.
Por meio de nota, o advogado de Carlos Henrique informou que os supostos crimes "nunca trouxeram um único centavo de prejuízo ao erário público, graças à ação voluntária" do cliente dele, que "cancelou as guias em relação às quais pesavam dúvidas". Também de acordo com o texto, o investigado teria pedido "antes do recebimento da denúncia, lhe fosse permitido indenizar a administração", mas a solicitação foi negada.
Já Caio Teixeira, representante de Glaydson, defende que a inocência do cliente "será provada com tranquilidade". Ele disse ainda que o "nome do mesmo foi usado indevidamente sem seu conhecimento. Temos o compromisso com a ética e profissionalismo médico".
O advogado Carlos Márcio Rissi Macedo afirma também que Fernanda inocente. "Ela também é vítima, teve sua assinatura falsificada pelo marido e está disposta a esclarecer todos os fatos. Não há participação dela em qualquer esquema ou associação para desviar recursos do Imas. Confiamos no Poder Judiciário e temos a certeza que, ao final, a verdade prevalecerá, com a absolvição da doutora Fernanda".
Ainda não foram identificados os advogados de Luiza e Ulisses para também pedir um posicionamento sobre o caso.
Por telefone, a Prefeitura de Goiânia disse que ainda não foi notificada. O juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 4ª Vara Criminal de Goiânia, foi quem recebeu a denúncia na última quinta-feira (11/04). Segundo Pacheco, as investigações do MP concluíram que o grupo formava uma organização criminosa que usava documentos falsos para se apropriar de dinheiro público.
Confira quem responde por quais crimes, segundo a denúncia:
Carlos Henrique (ex-diretor de Saúde do Imas) foi denunciado por organização criminosa, uso de documento falso por oito vezes, falsidade ideológica por 17 vezes, e peculato por duas vezes;
Luiza Ribeiro Fernandes (advogada) foi denunciada por organização criminosa, falsidade ideológica e peculato por duas vezes;
Ulisses Luís Dias (médico) foi denunciado por organização criminosa e peculato;
Glaydson Jerônimo da Silva (médico) foi denunciado por organização e peculato;
Fernanda Hissae Ribeiro Yamada (médica) foi denunciada por organização e peculato;
Sebastião Peixoto (presidente afastado do Imas), foi denunciado por organização criminosa e peculato.