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Caiado diz que precisa ser conhecido para concorrer ao Planalto

Governador de Goiás participou de evento do Grupo Voto em São Paulo

Ronaldo Caiado: agenda nacional para tornar-se conhecido do eleitor Ronaldo Caiado: agenda nacional para tornar-se conhecido do eleitor

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) disse nesta segunda-feira (3) que tem se apresentado desde já como pré-candidato à Presidência da República na eleição de 2026 porque precisa se tornar mais conhecido pela população de outros estados. “Eu moro em um estado de quatro milhões de eleitores [atualmente são cinco milhões, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás]. Se eu não andar pelo país, ninguém vai me ajudar. Eu sou o que mais tenho que caminhar. As pessoas precisam me conhecer”, disse Caiado durante o evento Brasil de Ideias, promovido pelo Grupo Voto.

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) criticam com frequência políticos de direita que são cotados para lançar candidatura em 2026, afirmam que o ex-presidente conseguirá reverter sua inelegibilidade e que a ênfase deve ser nessa causa.

No evento, Caiado comentou os problemas na relação entre Planalto e Congresso no governo Lula (PT), ainda que não tenha citado o nome do presidente, e disse que, se eleito, não cederá a pressões. “Você precisa saber o que você é. E o que você representa. Se estou no presidencialismo, sentado na cadeira de presidente, o governante sou eu. É preciso enquadrar cada um. Mas para isso é preciso autonomia moral”, disse. “No meu terreno, não avança nenhum centímetro. Um governante que vive de ameaça não é governante. Você é presidente ou é preposto?”, completou.

Críticas a Lula

Questionado se hoje não existe direita no Brasil sem Jair Bolsonaro ou se um candidato conservador não ganha eleição sem o apoio do ex-presidente, Ronaldo Caiado criticou o presidente Lula, que, segundo ele, estimula a polarização, e ressaltou que o seu eleitorado é o mesmo do capitão. “É compreensível, neste momento, essa polarização na política do Brasil. Ao invés do presidente Lula se preocupar em governar, ele se preocupou em continuar esse enfrentamento”, afirmou.

“Sobre Bolsonaro, o seu apoio, indiscutivelmente, nós temos um eleitorado, o mesmo eleitorado. Este eleitorado não tem como querer rotulá-lo apenas de bolsonarista ou não-bolsonarista. É um eleitorado conservador, que acredita na economia de mercado. É um eleitorado que quer buscar também o equilíbrio, a paz, a governança, a convivência entre os poderes”, acrescentou.

Perguntado se um possível apoio do ministro do Turismo, Celso Sabino, que é do União Brasil, à reeleição de Lula o incomodou, o governador disse que não, “de maneira alguma” e que a fala do ministro é “aceitável”. Caiado, porém, disse que, as votações no Congresso, com derrotas do governo, mostram que “a ampla maioria do país não pensa hoje como o governo Lula” e que o União Brasil “vai ter candidatura própria”. “Nós vamos apresentar um projeto e outros nomes poderão surgir, mas espero no debate e nas convenções poder sensibilizar o partido que esse caminho é o caminho que o povo brasileiro não quer”, ponderou.

Caiado tem disparado críticas à atuação do governo Lula. Entre os erros apontados estão as falas do presidente, que ele classifica como “infelizes e irresponsáveis”, sobre o conflito entre Israel e Hamas e os ataques do Irã ao território israelense. Também contesta o recuo da gestão do petista na meta fiscal de superávit para 2025. “Você não vê o governo com ações concretas, e vê o presidente perdendo a vontade de governar”, disse, em entrevista ao programa Amarelas On Air. As derrotas recentes do governo Lula no Congresso também foram analisadas pelos colunistas.

Governador goiano diz ter mesmo eleitorado de Bolsonaro

Em entrevista à revista Veja, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) reiterou suas críticas à postura e ao governo de Lula, ao mesmo tempo, em que elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Caiado, a polarização política no Brasil é compreensível no momento, mas criticou o presidente Lula por se concentrar mais no confronto do que na governança.

Caiado apontou como erros as declarações de Lula sobre o conflito entre Israel e Hamas e os ataques do Irã ao território israelense, classificando-as como “infelizes e irresponsáveis”. Além disso, o governador criticou a administração do governo federal em relação à meta fiscal de superávit para 2025, afirmando: “Não se vê o governo tomando ações concretas, e percebe-se o presidente perdendo a vontade de governar”, durante uma entrevista ao programa Amarelas On Air.

Quanto ao ex-presidente Bolsonaro, Caiado disse que compartilha o mesmo eleitorado do “capitão”, mas ressalta que não se pode rotular esse grupo apenas como bolsonarista ou não-bolsonarista. Ele descreveu o eleitorado como conservador e adepto da economia de mercado.

Ronaldo Caiado afirmou que nunca foi “cordeirinho” ao comentar a relação dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Questionado se rompeu o diálogo com ex-presidente, Caiado disse que “não faz sentido esse negócio de está bem ou está mal”. “Você ser aliado politicamente não quer dizer que você esteja ali totalmente engessado”, afirmou. “Eu sempre fui um político que sempre teve muita coerência nas minhas posições e também muita independência moral. Eu nunca fui cordeirinho, não sou vaquinha de presépio para dizer amém. Eu estou ali na política para defender as ideias que eu acredito”.

Caiado foi um dos governadores que esteve no ato em apoio a Bolsonaro na Avenida Paulista, no dia 25 de fevereiro. Nas eleições de 2022, Caiado evitou se aproximar de Bolsonaro e, durante a pandemia, se posicionou contra a conduta do ex-presidente de colocar em dúvida as vacinas e diminuir a gravidade da covid-19.

Vontade de disputar

O governador de Goiás afirmou que acredita ter “condições” de apresentar seu nome para concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. “Por ser um partido estruturado hoje no Brasil, é lógico que o partido [União Brasil] vai lançar um candidato à Presidência da República. Eu nunca escondi a minha vontade de poder disputar novamente. Já fiz meu trajeto de deputado federal, senador, dois mandatos de governador, e me sinto em condições de apresentar o meu nome ao União Brasil.

Para isso, Caiado espera ter o apoio de Bolsonaro, apesar de nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também serem cotados para a disputa”.

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