O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres, afirmou em depoimento prestado a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que não exerceu influência na gestão ou organização das operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Apesar de ter em seu favor decisão proferida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que lhe concede o direito a permanecer em silêncio quanto aos assuntos que possam de alguma forma incriminá-lo, durante o tempo inicial que lhe foi concedido, Torres relatou aos membros da comissão que o Ministério que estava sobre sua gestão no período não participou da construção da operação da PRF, ao qual pairam suspeitas de terem sido realizadas para impedir eleitores da região nordeste de comparecem as urnas para votar.
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Durante sua fala, Torres salientou ainda que não teria recebido quaisquer relatórios de inteligência que pudessem o munir de informações sobre a possibilidade da ocorrência dos atos de vandalismo, segundo ele, caso este fato tivesse ocorrido, ele sequer teria saído do país.
“Viajei de férias para os Estados Unidos com minha família no dia 6 de janeiro à noite, após aprovar o Protocolo de Ações integradas (PAI) e enviar para todos os envolvidos. Não recebi qualquer informação sobre a possibilidade de atos violentos no dia 8 de janeiro. Esta viagem foi programada com antecedência e as passagens compradas em 21 de novembro. Comuniquei ao governador sobre minha viagem e informei que o secretário–executivo Fernando de Souza Oliveira ficaria responsável pela Secretaria na minha ausência” Anderson Torres