O governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública comandado pelo ex-governador do Maranhão, Ministro Flávio Dino (PSB), lançou na manhã desta segunda-feira, 02, um programa para fomentar o combate ao crime organizado em todo território nacional. O projeto foi batizado de “Programa Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas”.
O lançamento ocorre em meio a uma miríade de conflitos violentos que ocorrem no estado do Rio de Janeiro (RJ) e na Bahia, estado historicamente comandado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Um dos focos do programa, é o aumento do monitoramento em portos, aeroportos, lugares onde há grande entrada de drogas e armamentos ilegais no país.
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Por meio de suas redes sociais, o ministro escreveu um longo texto, o que chamou de “editorial” para se defender das constantes críticas que recebeu nas últimas semanas. Ele argumentou que nem só de inteligência e nem apenas de força é feito uma politica pública de enfrentamento a criminalidade. Segundo ele, não existe uma ação semelhante a “pedra filosofal”.
“Estamos sempre prontos ao diálogo. Por isso mesmo, sustento uma premissa: inteligência em segurança pública não é uma espécie de “pedra filosofal”, que exclui a necessidade de uso comedido e proporcional da força. Nem a força é uma “pedra filosofal” que implique dar tiros a esmo, sem inteligência.” Ministro Flávio Dino
Em entrevista coletiva dada após a assinatura do plano em tela, Dino fez críticas à gestão anterior do MJSP, argumentando que não foram realizadas ações concretas para colocar em prática a lei outrora já aprovada. Segundo ele, logo quando assumiu a pasta, enfrentou fortes crises na segurança, a exemplo da ocorrida no Rio Grande do Norte, porém conseguiram debelá-las.
“Há outra falsa polêmica sobre planejamento e ação, a de que existe um momento mágico em que o tempo para nós editamos uma portaria, o mundo fica parado, nós vamos planejar e depois agir. Nós não temos essa opção, pois ela não existe no mundo material. Eu sou acusado, e até gosto deste embate, da dialética, de fazer ações pontuais, paliativas, eu não sei oque significa isso, talvez signifique o seguinte: nós assumimos no dia 8 de janeiro, uma horda de golpistas resolve destruir a democracia, ai eu vou dizer ‘a isso não é comigo porque é uma ação pontual e paliativa’ [...] ai estoura uma crise no Rio Grande do Norte, ai eu ia dizer pra governadora e pro secretário que isso é uma ação pontual e paliativa, mas nós fomos lá e enfrentamos e debelamos a crise, aqui a gente age” Ministro Flávio Dino