O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), Tenente Coronel Mauro Cid, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que deseja firmar um acordo de colaboração premiada junto à Polícia Federal (PF). O Pedido foi apresentado na última quarta-feira, 6 em audiência realizada com o juiz auxiliar Marcos Antônio Vargas, lotado no gabinete do Ministro Alexandre de Moraes.
O advogado de Mauro Cid, Cézar Bitencourt, entregou a Vargas um documento chamado “Termo de Intenção”, onde o ex-ajudante de ordens declara formalmente o desejo de fechar o acordo de delação. Para que a colaboração seja celebrada, no entanto, há a necessidade da apuração da relevância das informações a seres prestadas e a existência de provas concretas que as confirmem.
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Além destas observações, um possível acordo de delação premiada precisa ser homologado pelo Ministro Alexandre de Moraes. Desde o ano de 2018 há a possibilidade de formalização de acordos sem a necessidade de validação do Ministério Público, ou seja, a negociação pode ocorrer sem intermediações, diretamente com o acusado.
Cid já prestou depoimentos que somam 24 horas. Ele, que atuou durante os últimos quatro anos ao lado de Bolsonaro, está preso desde o mês de maio no âmbito da investigação que apura a escândalo da falsificação de cartões de vacina de autoridades brasileiras, incluindo o ex-presidente e sua filha mais nova.
A delação em negociação versa sobre a investigação que apura o esquema de venda ilegal dos presentes recebidos durante viagens oficiais da Presidência da República à Arábia Saudita e outros países. Outros dois personagens envolvidos nos possíveis crimes também negociam a formalização de acordos de colaboração premiada, são eles, o pai de Mauro Cid, o General Mauro Lorena Cid e o ex-assessor de Bolsonaro, Tenente Osmar Crivelatti.