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Após recorde de mortes por Covid-19, Bolsonaro reclama da imprensa e diz 'criaram pânico'

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o trabalho da imprensa e um dia após o país registrar um novo recorde de mortes diárias causadas pela Covid-19, ele ainda questionou as medidas de isolamento. "Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode entrar em pânico. Que nem a política, de novo, do fique em casa. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?"

O comentário sobre a pandemia foi feito em conversa com apoiadores na manhã desta quarta-feira (3) em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. Em que durante o encontro, Bolsonaro também reclamou da imprensa. “Para a mídia, o vírus sou eu”, disse o presidente.

Em outro momento, durante um almoço com o embaixador do Kuwait no Brasil, o presidente voltou a falar da pandemia e novamente ressaltou uma preocupação com a economia do país, por conta das medidas de isolamento.

"A economia tem que pegar. Alguns falam que eu não estou preocupado com mortes. Estou preocupado com mortes, mas emprego também é vida. Uma pessoa desempregada entra em depressão, tem problemas, se alimenta mal, é mais propensa a pegar outras doenças", disse Bolsonaro.

Na terça-feira (2), o Brasil registrou 1.726 mortes pela Covid-19, sendo o maior número registrado desde o início da pandemia. De acordo com o levantamento, dos últimos 7 dias até terça média móvel de mortes no país chegou a 1.274. Se comparado com o verificado há 14 dias, sofreu acréscimo de 23%, o que demonstra avanço da doença.

Ao todo, desde o começo da pandemia, o Brasil já perdeu 257.361 vidas para a doença e computou 10.646.926 casos de contaminação.

Para conter os avanços de casos, estados anunciaram nos últimos dias novas medidas de restrição, tendo em vista o iminente risco de colapso no sistema de saúde. Em muitas regiões, a ocupação de leitos de UTI por pacientes graves de Covid-19 está próxima de 100%.

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