Os brasileiros vão poder assistir neste domingo (27) à ocorrência de dois fenômenos simultâneos: o eclipse lunar total e a superlua. A coincidência ocorre uma vez a cada 30 anos.
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A astrônoma Patricia Spinelli, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), do Rio de Janeiro, Patricia explica como ocorre coincidência. A superlua acontece porque a órbita da lua, isto é, o caminho que a lua faz ao redor da Terra, não é circular. A órbita é achatada, ou seja, uma elipse.
“E se o caminho é elíptico, isso significa que em algum momento, a lua vai chegar um pouquinho mais perto da Terra”. Ao chegar mais perto, ela permite que se visualize o seu tamanho maior no céu. A superlua ocorre uma vez por ano, como informa Patrícia.
Já os eclipses, segundo a astrônoma, têm uma periodicidade de duas vezes por ano. Neste domingo, o eclipse coincidirá com a proximidade da lua em relação à Terra, devido a um fator geométrico. A superlua pode ser vista à noite em qualquer lugar do planeta, quando o satélite da Terra estiver na fase cheia: “Vamos ver a lua maior, por ela estar mais próxima da Terra”.
O eclipse só acontece quando a lua entra na sombra da Terra: “Mas, para que esse fenômeno seja observado, é preciso que seja à noite. Se for dia, o observador só conseguirá ver o sol e não o eclipse”.
O eclipse lunar total será visto no Brasil porque, quando a lua estiver entrando na sombra da Terra, será noite no país. Patricia Spinelli disse que a ocultação da lua ocorrerá por volta das 23h30 e “esse é o ápice”. O processo completo, porém, começará por volta das 22h, quando a lua passará a entrar na sombra da Terra.
“Ela começa a ficar mais obscurecida, com uma cor mais avermelhada. De repente, vai desaparecer completamente, por volta das 23h30 ou 23h40 e, depois, começa a aparecer de novo”. A lua só volta a ter o tamanho normal em torno de 1h30 da manhã da segunda-feira (28), diz Patrícia Spinelli.
Segundo Patricia, para que os dois fenômenos possam ser vistos simultaneamente, é preciso que o tempo esteja bom, pois tempo nublado não permite a visualização. Tanto o eclipse como a superlua serão visíveis a olho nu, sem a necessidade de nenhum equipamento ou proteção especial. “Com tempo bom e céu limpo, as pessoas podem acompanhar o fenômeno”, garante a astrônoma do Mast.
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Editor José Romildo