Em tempos de cuidados redobrados com a saúde, a preocupação com corpo e com a mente ganhou maior destaque. Com muitas mudanças de hábito e de rotina, o assunto alimentação saudável ficou em evidência e em algumas escolas não foi diferente. O retorno às atividades escolares presenciais traz consigo a responsabilidade de resgatar a disciplina, os hábitos de socialização e, também, o compromisso com a educação alimentar dos alunos.
O Elite Rede de Ensino reforçou as ações do projeto chamado “Alimentação Saudável”, que tem como objetivos explicar o conceito de uma alimentação de qualidade, conscientizar sobre as escolhas mais apropriadas e identificar bons hábitos nas refeições. “O projeto já era muito importante para nós, quanto escola, mas ele ganhou muito mais força nesse momento”, destaca Glaucia Sobral, supervisora da educação infantil do Elite.
Ao longo do projeto, os alunos do Fundamental Anos Iniciais e da Educação Infantil trabalham temas como: cultivo de horta, cuidados com as plantas, higienização das mãos e dos alimentos, leitura de rótulos, texturas, sabores, temperos, quantidades balanceadas e receitas fáceis em atividades dinâmicas e repletas de aprendizagem.
Estudo do IBGE
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019 entrevistou estudantes do 7º ano do fundamental ao 3º ano do ensino médio. O estudo do IBGE aponta que cerca de 35,6% dos estudantes de escolas privadas consumiam habitualmente legumes e verduras, enquanto os da rede pública 27,7%. As percentagens pouco expressivas mostram que há um longo caminho a ser percorrido quando o assunto é alimentação dos alunos.
Segundo Glaucia, o hábito alimentar dos jovens brasileiros é preocupante. Na visão da supervisora é comum descontarem o tédio e a ansiedade na comida. A maioria dos pais trabalha, não sobra muito tempo para pensarem em hábitos de alimentação saudável, criou-se uma cultura equivocada de crer que dá trabalho preparar refeições nutritivas.
“Alimentar-se nessa nova realidade que estamos experimentando significa criar dinâmicas para autonomia e protagonismo, inclusive nas decisões alimentares. Munir nossos alunos e responsáveis de informação é dar a eles escolhas e melhorias na sua rotina alimentar. Não podemos deixar de pensar na alimentação como um hábito social, nesse caso, é importante que como escola possamos respeitar cada indivíduo, mas também ofertar oportunidades de experimentação e de reflexão”, destaca Glaucia.
Ajuda dos responsáveis
Nutricionista e colaboradora do projeto, Carolina Freire vê como maior desafio o envolvimento dos pais. “É importante eles entenderem que a educação nutricional começa dentro de casa e continua no ambiente escolar. A busca por hábitos alimentares saudáveis precisa ser feita em conjunto. As crianças despertam a curiosidade de provar os alimentos, a partir do momento que são ofertados os novos sabores, e passam a saber a funcionalidade de cada alimento e o benefício do prato colorido”.
Para Carolina a transformação pode se estender às refeições em família. Mais do que apenas sentar-se à mesa, é importante criar oportunidades de descobrir novos pratos juntos e tornar esses momentos ainda mais especiais. Assim, a adoção de hábitos saudáveis ocorre de forma mais natural e prazerosa.