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Renault Duster ganha fôlego com câmbio CVT e motor 1.6 16V

Norton Luiz
Editor de Veículos

Enquanto aguarda a chegada da sua nova geração, o SUV Renault  Duster ganha fôlego com o novo câmbio X-Tronic CVT, herdado do primo Nissan Kicks. A providência foi vital para uma sobrevida do modelo que andava meio sem que precisando de um estímulo para continuar com a auta-estima boa.

O novo câmbio chega acompanhado também do motor 1.6 16V SCe, que ganhou um pouco mais de cavalos e agora rende  até 120 cv (etanol) e 118 cv (gasolina), nas versões Expression e Dynamique. Seu torque subiu de 15,9 kgfm para 16,2 kgfm a 4 mil giros.

Com linhas bem robustas e estilo mais rústico, sem ostentar toda a parafernália visual e conforto interno comum aos SUVs e crossovers mais modernos, o Duster vai escrevendo sua história no mercado brasileiro, onde chegou em 2011. De lá até os dias atuais, o modelo passou por mudanças pontuais que foram garantindo seu espaço entre os SUVs, estrelas do segmento que mais cresce no País.

Nova geração

A nova geração do SUV Duster, que roda na Europa como modelo da Dacia, deve aportar no Brasil até 2020 e entra em um novo ciclo como modelo de entrada bastante atrativo no segmento. Enquanto o novo Duster não chega por aqui, o atual modelo vai se virando como pode e não tem decepcionado, mesmo que não tenha acompanhado a evolução rápida e necessária da concorrência.

O DMAutos testou a versão Dynamique do Duster  com a nova  transmissão e motor 1.6 SCe. Foram oito dias a bordo do utilitário da marca francesa, sem inconvenientes. Aliás, com melhoras no desempenho e no  conforto proporcionado com a  nova transmissão.

Um consumidor mais exigente pode não gostar do Duster no seu  jeito meio “bruto” na aparência e sem muitos adereços em conforto. Mas essas impressões não podem ser levadas ao pé da letra sem antes conhecê-lo na prática, sentir o que ele pode proporcionar e confrontá-lo com outros modelos do mesmo segmento.

Foi com esse propósito que testamos mais uma vez o Duster, agora com transmissão CVT, simulando seis marchas, e motor 1.6 16V SCe. A versão manual já é nossa velha conhecida. Agora era preciso saber o quanto de melhora o câmbio CVT trouxe ao Duster e  os retoques internos.

Boa impressão

Colocamos o utilitário à prova no perímetro urbano e na rodovia.  A primeira impressão é que ele faz o tipo preguiçoso,  que exige uma direção mais defensiva. Nada disso. O Duster CVT Dynamique que dirigimos causou boa impressão. Sua aparência impõe respeito e passa a ideia que não tem medo de encarar qualquer terreno.

Sua altura do solo assegura uma posição de direção bastante elevada e passa segurança pela boa performance da suspensão  Independente  McPherson  na dianteira e eixo de torção na traseira.. O veículo está sempre nas mãos.

O interior se destaca pelo espaço interno, nem tanto pelo conforto. Afinal, a proposta do  Duster está no curto-benefício, sem muitos refinamentos e com preços chamativos. No modelo atual o interior ganhou um banho de loja bastante convidativo.

A versão Dynamique que testamostraz forração em dois tons de couro nos bancos, detalhes em marrom no painel e black piano no console central. Faz falta o ajuste de profundidade na coluna de direção.  A modelo  continua devendo, mas quem sabe a próxima geração cuidará disso.

Condutor e passageiros usufruem de espaço de sobra. Quem vai no banco traseiro não tem do que reclamar e o espaço no porta-malas, com capacidade para 475 litros, faz a diferença. A direção, mesmo com  sistema eletro-hidráulica - não adota a elétrica -  é macia e precisa.

Aceleração

O Renault Duster  1.6 16V CVT (120/118 cv a 5.500 rpm) oferece boas respostas nas acelerações, além de passar mais conforto com a nova transmissão, cujas trocas acontecem de forma macia, sem solavancos.  O câmbio CVT, que prioriza conforto e consumo, casa bem com o novo motor 1.6 SCe. Este oferta  boa rotação no trânsito urbano e respostas significativas em saídas e subidas.

Na estrada não é diferente. O Duster 1.6 SCe  se comporta  bem com o novo propulsor e o porte grande do carro parece não fazer diferença.  As retomadas são alinhadas com o motor de 120 cv e passa segurança nas ultrapassagens.

Na estrada o consumo registrado, nas contas que fizemos com a ajuda do computador de bordo, foi de 9,9 km/l, com etanol, e de 6,4 km/l na cidade, com o mesmo combustível. Em tempos de calor infernal, diga-se de passagem.

As acelerações são mais lentas em relação ao câmbio manual, mas nada que possa criar incômodos.  A rotação do motor fica mais baixa e linear, permitindo que o propulsor trabalhe menos enforcado.

Equipamentos de série e opcionais

O Duster traz da série na versão Dynamique faróis de neblina, barras de teto longitudinais, retrovisores externos na cor da carroceria, repetidor de pisca-alerta lateral, luzes diurnas, maçanetas externas na cor da carroceria, vidros verdes, freios ABS, airbag duplo, travamento automático das portas a 6Km/h, Isofix, controle de tração e estabilidade, três apoios de cabeça traseiros reguláveis em altura, desembaçador do vidro traseiro, alarme perimétrico, vidros dianteiros e traseiros com função one touch, sistema antiesmagamento e fechamento pela chave, computador de bordo com 10 funcionalidades, ar-condicionado e regulador e limitador de velocidade.

E ainda: volante com regulagem de altura, banco do motorista com regulagem de altura, volante com revestimento parcial em couro, travamento central das portas, banco traseiro com encosto bipartido, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, função Eco, painel com iluminação permanente, direção eletro-hidráulica, retrovisores externos com regulagem elétrica, sistema multimídia Media NAV Evolution com tela tátil sete polegadas e navegação GPS, comando de áudio e celular na coluna de direção (comando satélite), rádio 3D Sound by Arkamys com conexão USB e auxiliar integrado.  Na lista dos opcionais apenas a pintura metálica, que sai por R$ 1.600, e os bancos revestidos em couro, por R$ 1.700.

Na estrada o consumo registrado, nas contas que fizemos com a ajuda do computador de bordo, foi de 9,9 km/l, com etanol, e de 6,4 km/l na cidade, com o mesmo combustível. Em tempos de calor infernal, diga-se de passagem. As acelerações são mais lentas em relação ao câmbio manual, mas nada que possa criar incômodos.  A rotação do motor fica mais baixa e linear, permitindo que o propulsor trabalhe menos enforcado.

Na nossa opinião, o Duster CVT agrada pelo desempenho, espaço interno, consumo e pelo novo conjunto mecânico que deu certo no Kicks e não poderia ser diferente no modelo da Renault. As alterações feitas, principalmente com relação ao câmbio CVT, deram uma nova vida ao SUV, que mede 4,33 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,68 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. A versão Dynamique testada, com bom pacote de conectividade, comodidade e segurança, é vendida por R$ 79.000.

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