A comissão de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu na tarde da última quarta-feira (6/5) a tarifa básica de juros para 3% ao ano. O parecer foi coletivo e é resultado da sétima redução seguida.
A resolução apontou a menor marca registrada na história referente a taxa Selic desde 1999, período que passou a valer o regime de metas para a inflação. Especialistas do mercado financeiro aguardavam uma contenção menos ofensiva, para 3,25% ao ano.
Na divulgação, o Copom analisa que “agora a circunstância do quadro econômico tem a necessidade de ser impulsionado diante da situação de crise monetária excepcional alto". A informação é que, está previsto para a próxima reunião a avaliação de nova redução da taxa.
"Para o próximo encontro, relativo ao Âmbito fiscal e o cenário econômico, a organização opina por outra adaptação, não mais tocante que a última modificação, para concluir o nível de impulsão necessária para iniciar o combate aos reflexos negativos da pandemia do novo vírus (Covid-19).
O comitê observa, todavia, os novos comunicados em relação aos danos da pandemia, deste modo como uma redução das dúvidas na esfera fiscal, essas medidas que vão prever e definir seus próximos movimentos.
Cenário econômico
A determinação do Copom entra como ação em meio a um período de forte impacto sofrido pelo nível de atividade da economia global em consequência da crise de saúde sanitária por coronavírus, que é refletido sob os Índices de inflação.
Na companhia da crise, o Fundo Monetário Internacional (FMI) enxerga a probabilidade da pandemia deslocar a economia mundial a marca de uma queda de 3% para 2020, o resultado mais negativo desde a crise de 1929.
Para o Brasil, os avisos do FMI e do Banco Mundial são de reparação econômica superior a 5% neste ano. Os especialistas do mercado financeiro avaliam queda de 3,7%.
Com alto impacto sob as atividades econômicas, as valias tem despencado. Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicativo que mede a inflação oficial, somou 0,07%, menor índice para o mês desde 1995.
O mercado financeiro aguarda que o IPCA permanecerá em 1,97% neste ano, isto é, abaixo do piso de 2,5% previsto pelo sistema de metas.
Pela norma em rigor, o IPCA pode flutuar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja precisamente contrariada. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
O alvo da inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para atingi-la, o Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros da economia (Selic).
*Com Informações do G1