Liberdade de expressão, de culto, de opinião, de escolha. Por isso, toda atitude que atenta contra este princípio deve ser repudiada.
Nesta semana fui informado de que seis funcionários comissionados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Trindade foram demitidos, sem justificativa, após se filiarem no Partido da República (PR), no qual também me filiei neste mês e pelo qual sou pré-candidato à Prefeitura do município.
Nas últimas eleições municipais, esses seis funcionários estavam em outros partidos políticos, foram candidatos a vereadores na legenda que integrou a base da atual gestão e trabalharam muito para que o prefeito vitorioso fosse eleito. No entanto, neste ano, decidiram fazer uma escolha política diferente e acabaram sendo punidos.
A demissão desses funcionários não só atenta contra um princípio constitucional, como também revela retaliação política. Ora, onde está a liberdade de escolha? Nesse momento, por uma mudança de escolha política seis pais e mães de famílias passaram integrar a extensa lista de desempregados deste país.
Não dá para justificar o injustificável!. Ouvi de pessoas ligadas a atual gestão que as demissões estão relacionadas a atual crise econômica. O que, a meu ver, é uma justificativa frágil e que fere a liberdade garantida na Constituição Brasileira.
Em primeiro lugar a crise econômica enfrentada pelo país já está instalada na máquina pública há mais de dois anos. Ela, por sua vez, tem sido a protagonista de uma série de reformas administrativas nas esferas federal, estadual e municipal. Não acredito que o salário de seis funcionários refrescaria o arrocho que vive a máquina pública. Principalmente quando estas demissões ocorrem num período pré-eleitoral, em que as peças do tabuleiro começam a tomar suas posições, a realizar alianças, a aproximar grupos para as eleições municipais de 2016.
Não sou deputado, mas estou deputado. Fui eleito para ajudar a criar e aprovar projetos de lei que beneficiem o povo goiano. A lei é a garantia máxima dos direitos humanos. Nada está ou deve estar acima dela. Por isso, repúdio qualquer atitude que prejudique os direitos garantidos nela. A liberdade é um deles. Porque acredito que para o poder público o ser humano deve estar em primeiro lugar.
(Antônio Carlos Caetano, deputado estadual)