A ex-BBB Aline Cristina, que participou da temporada de 2005, ganhou apelação no Tribunal de Justiça de São Paulo em um processo contra a Globo. Ela pediu que a emissora retirasse todos os vídeos sobre ela publicados no site Ego, que foi suspenso em abril do ano passado, mas que ainda tem matérias no ar.
Em primeira instância, a ação foi julgada infundada, mas a decisão foi revertida pelo relator da 2ª Câmara de Direito Privado, Alcides Leopoldo e Silva Júnior, que concordou com a sustentação de Aline. A decisão final foi publicada no dia 11 desse mês.
“Mesmo a pessoa pública tem direito à preservação de sua vida privada e muito mais aquela que abandonou a exposição pública e a notoriedade, não se evidenciando o interesse jornalístico atual na divulgação de fatos passados e presentes da autora, que como afirmado lhe causaram danos ao seu relacionamento familiar, pessoal e profissional”, explicou o relator.
Alcides acrescentou ainda, que a emissora perdeu o direito de publicar matérias sobre a participação da mulher no programa, já que ela deixou a vida pública.
“A autora abdicou da vida pública, trabalha atualmente como carteira e se opôs a divulgação de fatos da vida privada, teve fotografias atuais reproduzidas sem autorização, extraídas de seu Facebook, sofrendo ofensa a sua autoestima, uma vez que a matéria não tinha interesse jornalístico atual, e não poderia ser divulgada sem autorização”, afirmou.
A Globo foi sentenciada a apagar todo e qualquer registro gravado que mostra Aline Cristina, como consta no Marco Civil da Internet, e a pagar uma indenização de R$ 20 mil por danos morais contra ela.