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Feira Livre! Um aglomerado de cores, aromas e sabores

Feirantes transformando a feira livre em uma celebração de jargões

Imagem ilustrativa da imagem Feira Livre! Um aglomerado de cores, aromas e sabores

É tradição para muitos, todos os Domingos ir as feiras livres para realizar compras de frutas, verduras, legumes, biscoito frito, espetinho e muito mais, sempre conferindo preços para abastecer a geladeira para passar a semana.

É bem comum também, muitos ir a feira livre para saborear aquele pastel feito na hora, acompanhado de um copo duplo de garapa, sem contar com a aglomeração de pessoas pelos corredores e os feirantes com suas performances nas falas, talentos, vontade e comprometimento tentando conquistar os fregueses com seus gritos e jargões sem igual com disposição de grandes vendedores.

Você ouve de um tudo, e se torna divertido e até mesmo engraçado, pois a vida dos feirantes começa as madrugadas e todos eles com um único e específico objetivo tentar vender os produtos e voltar para casa com as caixas vazias.

Os feirantes vão em busca de produtos de qualidades para fornecer o melhor para toda clientela, sendo assim a vida de todos os feirantes se torna árdua e incansável, muitos colhem os produtos nas hortaliças poucas horas antes de ir para feira livre, outros vão em busca de fornecedores no CEASA, sempre com objetivo de fornecer o melhor para todos seus clientes, e a jornada não para!

Pois levantam as madrugadas, organizam os produtos nas caixas, vão para o destino a serem realizadas as feiras livres, montam barracas, colocam os produtos em exposição para os clientes, na criatividade da decoração das bancas combinando cores e sabores, e ficam sempre alegres, brincando e cativando os clientes com seus gritos e frases incansáveis. Por horas e horas ali em pé gritando, "olha a banana! Olha a melancia! “moça bonita não paga, mas também não leva” aos risos se faz da feira livre um comercio cheio de diversão e carisma para o público que ali frequenta.


		Feira Livre! Um aglomerado de cores, aromas e sabores
Gynaberg Reis


O Diário da Manhã, colocou o despertador para tocar as 4h da manhã para acompanhar essa rotina dos feirantes, andando pelos corredores da feira e observando toda essa correria de montar barracas e colocar produtos a venda a espera de todos os seus clientes.

O Diário da Manhã conversou com o feirante Marcos Antônio, com sua barraca de hortaliças e todas suas variedades de cores, que nos conta como é essa dinâmica de tempo e organização.

“Para deixar a banca arrumada com todos esses produtos impecáveis e fresquinhos tem toda uma correria durante a semana, pois minha rotina diária é acordar as 3h da manhã, ir para horta colher os produtos, selecionar, estar sempre atentos aos valores pois nossos produtos são vendidos com preço do dia, pois tentamos diminuir custos diretos e despesas fixas para oferecer um preço competitivo no mercado. Isso tudo requer uma demanda de tempo físico e emocional, pois já realizei feira livre por inúmeras vezes me sentindo mal com dores de cabeça, mas os compromissos pessoais requerem todo esse esforço por parte da gente, enfrentando muito sol, as vezes chuva, mas ao final de tudo a recompensa é satisfatória”, pontua.

Outro detalhe importante que Marcos Antônio nos conta é sobre o aproveitamento com os produtos que restam ao final da feira. “Para todos nós feirantes temos um aproveitamento dos produtos, alguns produtos serão guardados para uma próxima feira pois como trabalho com hortaliças, logo as folhagem murcham e perdem sua qualidade, mas as que perdem por completo alimentamos os animais na fazenda, como: patos, galinhas, porcos, sem contar com um ótimo adubos para as plantas pois da força para a terra com adubos orgânicos”, finaliza.

Gaspar de Andrade que também é feirante na barraca do Pastel, conta ao Diário da Manhã como é a demanda de vendas de pasteis durante o trabalho nas feiras livres.

“Eu realizo feiras de terça à Domingo então tenho à segunda-feira para descanso pessoal, pois durante os outros dias é sempre trabalhando, carregando as coisas, um cuidado com o bojão de gás, óleo para a fritura dos pasteis, e olha que vale a pena, pois em algumas feiras consigo vender até 400 pasteis, é uma loucura, parece ser inacreditável pois ficamos ali a espera dos clientes e entre uma fritura de pastel e outro atendimento no final da feira ao contabilizar, fico surpreso com a quantidade vendida, cansativo porem é muito gratificante”, concluí.

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