Após cinco anos consecutivos de resultados positivos, as estatais federais brasileiras devem fechar 2023 no vermelho, com um déficit projetado de quase R$ 6 bilhões.
Desde 2018, os governos Temer e Bolsonaro vêm injetando recursos no caixa das estatais para garantir superávits. No entanto, a projeção do Ministério da Economia para este ano aponta para um rombo maior do que o previsto no orçamento de 2022.
Entre as estatais que devem registrar déficit acima do esperado inicialmente estão a Dataprev, com previsão de R$ 200 milhões no vermelho, a INB com R$ 300 milhões, a Emgepron com mais de R$ 3 bilhões e os Correios com déficit de R$ 600 milhões.
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Economistas apontam que a saída da Eletronuclear da Eletrobras, privatizada em 2021, e sua incorporação às estatísticas fiscais em 2022, explica parte do aumento do déficit projetado. A Eletronuclear deve fechar o ano no vermelho em mais de R$ 2 bilhões.
No entanto, especialistas alertam que o problema não se restringe à Eletronuclear e que outras estatais como os Correios e o Serpro também devem contribuir para piorar o resultado. O déficit projetado de quase R$ 6 bilhões pode obrigar o Tesouro Nacional a cobrir esse rombo em 2023, algo que não acontecia desde 2017.