Uma das datas mais aguardadas do ano se aproxima: A páscoa, apesar de ser a quinta data comemorativa do ano mais importante para o varejo brasileiro, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima queda de 2,20% nas vendas em relação a 2020, devido a crise econômica causada pelo coronavírus e o endividamento das famílias, milhões de brasileiros devem deixar de comprar ovos de chocolate em 2021.
A previsão pode ser explicada pela alta do dólar, que encarece as importações e, consequentemente, o preço ao consumidor. Por outro lado, percebe-se uma queda significativa na renda das famílias ocasionada pela pandemia.
Anualmente, o Procon Goiás realiza a pesquisa de preços de ovos de chocolate que também contempla outros produtos, como caixa de bombons, tabletes, barras de chocolates e colomba pascal, com o objetivo de fornecer ao consumidor goiano noções de preços, bem como dicas na hora da compra.
Neste último levantamento, foram pesquisados 73 (setenta e três) itens de diferentes marcas e tamanhos, em 13 (treze) estabelecimentos da capital entre os dias 23 e 30 de março de 2021.
No geral, chocolates estão 15,33% mais caros em comparação à Páscoa de 2020
Aumento médio foi de 18,23% nos ovos de chocolate, 3,60% nas caixas de bombons, 4,41% nas colombas pascais e redução de -6,23% nos tabletes e barras de chocolates.
Apesar de o aumento médio geral ter sido de 15,33%, alguns produtos chamaram a atenção pelo aumento individual nos últimos 12 meses.
Veja os aumentos/reduções individuais:
Aumento médio camuflado
Alguns produtos tiveram redução no peso, mas ficaram mais caros. Os consumidores devem ficar atentos ao peso dos ovos de chocolate e a essa“camuflagem”.
O ovo de Páscoa Lacta Oreo, por exemplo, tinha o preço médio, em 2020, de R$ 34,92. Já neste ano, o preço médio é de R$ 34,67, ou seja, uma redução no preço de -0,71%. Acontece que no ano passado, ele pesava 375 gramas e atualmente, 257 g. Ou seja, o produto na realidade registrou um aumento médio de 43,93%.
Por isso é importante o consumidor ter essa noção, caso seja um produto que tenha o hábito de comprar. Essa redução no peso não configura prática abusiva desde que, no momento da redução, ocorra a informação pelo fabricante de forma clara, precisa e ostensiva.
Caixa de bombons apresenta variação de preços de até 113%
Mesmo tratando-se de produtos idênticos (marca, peso e modelo), os preços das caixas de bombom (uma alternativa aos ovos de chocolate) podem sofrer variação de até 113,52%. Essa maior variação foi identificada na caixa de bombons – Ferrero Rocher, de 150 gramas. Os preços variaram de R$ 19,90 a R$ 42,49.
Veja outros exemplos:
Dicas e orientações
A primeira preocupação, na hora da compra dos ovos de chocolate, deve ser com o orçamento doméstico. Desta forma, defina previamente o valor a ser gasto considerando as despesas mensais e faça uma pesquisa de preços em pelo menos três estabelecimentos. Como é grande a variação entre os estabelecimentos, essa prática pode resultar em uma boa economia no bolso.
Da mesma forma como ocorre com outros tipos de alimentos, a embalagem dos ovos de chocolate deve estar em boas condições de armazenamento. Verifique se há sinais de violação do conteúdo, evitando produtos amassados ou com furos na embalagem.
Quando houver brinquedos acompanhados dos ovos, verifique se na embalagem contém o selo do Inmetro e a faixa de idade indicada para a criança. Os rótulos também devem trazer, além da identificação do fabricante, a data da validade, peso e a composição. Algumas pessoas possuem restrições a alguns ingredientes do produto como açúcar, glúten, etc.
Avalie sempre o melhor custo-benefício, lembrando que o mesmo ovo de chocolate da mesma marca e tamanho pode custar mais caro apenas pelo fato de haver personagem infantil na embalagem ou com brinquedos em seu interior.
A compra de ovos de chocolate em bancas de promoção, muitas vezes quebrados e por esta razão com preços menores, não dá ao consumidor o direito de reclamar posteriormente por esse motivo. Porém, estas informações devem ser repassadas previamente à compra, de forma clara, precisa e ostensiva junto aos produtos, de forma a não induzir o consumidor ao erro.
De acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 102,7 milhões de brasileiros devem fazer compras para a Páscoa em 2021.
“A crise econômica gerada pela pandemia também está impactando as compras deste ano, de acordo com a pesquisa. Entre os que não devem comprar ovos ou chocolates porque estão endividados, desempregados, tiveram redução salarial ou estão distantes das pessoas que poderiam presentear, 78% afirmam haver influência do cenário da pandemia”, mostrou a pesquisa.
A pesquisa foi feita em parceria com Offer Wise Pesquisas. Consumidores das 27 capitais brasileiras foram ouvidos entre os dias 26 de fevereiro e 8 de março.
Razões para não comprar ovos nesta Páscoa segundo a pesquisa:
Os motivos citados pelos consumidores para não comprar foram:
- Estou endividado, tenho que priorizar pagamento de dívidas: 38,5%
- Estou desempregado: 35,7%
- Não gosto/ Não tenho costume: 18,8%
- Tenho outras prioridades de compra: 16,2%
- Vou economizar para o almoço de Páscoa: 10,1%
- Tive redução salarial: 8,3%
- Estou distante das pessoas que poderia presentear: 5,5%
- Estou/tenho problemas de saúde: 3,8%
- Vou economizar para a viagem do feriado: 1,8%
- Outros: 3,3%
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