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Caiado sinaliza que base terá Daniel na disputa em 2026

Ronaldo Caiado disse que, certamente, Daniel Vilela vai estar à frente do governo de Goiás

Ronaldo Caiado e Daniel Vilela: força da base aliada no interior do estado Ronaldo Caiado e Daniel Vilela: força da base aliada no interior do estado

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) que a base aliada já tem nome para a disputa ao Palácio das Esmeraldas em 2026: o atual vice-governador Daniel Vilela, presidente estadual do MDB e filho do ex-governador Maguito Vilela. “Depois de disputar o governo de Goiás com Daniel Vilela, em 2028, eu procurei o presidente de MDB e falei: “Vamos trabalhar juntos em favor do povo goiano”.

A partir de 2019, Ronaldo Caiado e Daniel Vilela promoveram aproximação política, o que levou 27 dos 28 prefeitos do MDB a assinar manifesto em apoio à aliança do partido com o União Brasil. Esse gesto resultou na formação da chapa Caiado/Daniel para a disputa ao Governo de Goiás em 2022, com vitória já no primeiro turno.

A decisão de Daniel Vilela de levar o MDB para a base de Ronaldo Caiado atendia, também, o anseio dos ex-governadores Iris Rezende e Maguito Vilela. Iris chegou a ser lembrado como candidato do MDB ao Senado em uma chapa tendo Caiado como candidato a governador em 2022. O ex-prefeito faleceu em 2021.

Ao discursar em Aparecida de Goiânia, sexta-feira (18), no lançamento das obras do Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira, o governador Ronaldo Caiado disse que, certamente, Daniel Vilela vai estar à frente do governo de Goiás, a partir de 2026, com sua desincompatibilização, e participará da inauguração do Dinort.

Daniel Vilela segue as pegadas do pai na política goiana: exerceu mandatos de vereador, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e poderá chegar ao Palácio das Esmeraldas.

Eleições municipais

O governador Ronaldo Caiado e o vice Daniel Vilela estarão à frente das campanhas do União Brasil e MDB, respectivamente, e de partidos aliados, na corrida pelas pelas 246 prefeituras goianas. UB e MDB vão buscar chapas de consenso, ficando na cabeça o candidato que tiver melhor avaliação nas pesquisas eleitorais até as convenções, em julho do ano que vem.

O Palácio das Esmeraldas projeta conquista de dois terço dos 246 prefeituras no pleito de 2024, a começar por Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão, Itumbiara, Luziânia, Águas Lindas, Goianésia, Jatai, Rio Verde, Trindade, Santo Antônio do Descoberto, Formosa e Senador Canedo, os quatorze maiores colégios eleitorais do estado.

A partir de janeiro do ano que vem, Caiado e Daniel vão cumprir agenda separada de visita a todas as regiões do estado, na tentativa de fortalecer os pré-candidatos da base aliada às prefeituras.

A orientação dos comandos do União Brasil e MDB – chapa que foi vencedora em 2022 para governador e vice em Goiás – é a de caminhar juntos no próximo pleito. “Onde um partido tem melhor nome para prefeito o outro lança o vice”, disse um dos membros da executiva do MDB à reportagem do Diário da Manhã.

A meta do Palácio das Esmeraldas é conquistar, pelos 12 partidos que compõem a base aliada, mais de 200 prefeitos em 2024. “Vamos nos esforçar para que haja uma vitória expressiva dos partidos que integram o bloco liderado pelo governador Ronaldo Caiado e o vice Daniel Vilela”, afirma um assessor palaciano.

No governo

Encerrado o processo eleitoral de 2022, o governador Ronaldo Caiado iniciou a composição de sua segunda gestão, com aproveitamento de representantes dos partidos que estiveram na aliança, como União Brasil, MDB, PSD, PP, PDT, PSC, SD, entre outros.

Sem projeto eleitoral para Goiás, em 2026, Caiado deve concorrer à presidência da República pelo União Brasil. “Queremos realizar um governo ainda mais exitoso do que o primeiro no estado, o que projeta ainda mais o nome de Caiado no cenário político nacional”, diz Daniel Vilela.

Oposição incerta

A oposição, representada principalmente pelo PL, PSDB e PT, ainda não adquiriu musculatura político-eleitoral para a disputa direta com a base caiadista. A falta de sintonia entre eles, notadamente de natureza ideológica, com as divergências entre os seguidores de Lula da Silva e Jair Bolsonaro

Os nomes que emergem para uma eventual candidatura ao Palácio das Esmeraldas são os do senador Wilder Morais e do ex-governador Marconi Perillo. Dirigentes dos partidos de oposição sinalizam que apenas a partir de janeiro de 2026 irão tratar de pré-campanhas para o governo de Goiás. No PT, o nome lembrado é o do deputado federal Rubens Otoni.

Wilder e Marconi, expectativas da oposição para sucessão estadual

Fora do poder há décadas, os grupos políticos integram os partidos de oposição em Goiás não têm nomes competitivos para a corrida ao Palácio das Esmeraldas às eleições de 2026, segundo os primeiros levantamentos internos. O primeiro teste: conquistar expressivo número de prefeitos em 2024, mas há dificuldades, diante do predomínio da base do governo Caiado na maioria esmagadora dos municípios goianos.
O senador Wilder Morais (PL), que se elegeu em 2022 com os ventos favoráveis do bolsonarismo, poderá ser a alternativa da oposição goiana para 2026. Ele, entretanto, prefere se manter discreto, sem antecipar o debate sucessório, já que tem estreito relacionamento político com o governador Ronaldo Caiado, de quem foi secretário de Indústria e Comércio.
Wilder sabe que mergulhar em um projeto eleitoral pesado, sem forte base municipalista e partidária, pode ser uma aventura. Por isso, o senador prefere aguardar a realização das eleições municipais de 2024 para ter uma avaliação mais criteriosa sobre o futuro político em Goiás.
O ex-governador Marconi Perillo vive profundos desgastes políticos em razão das duas derrotas consecutivas para o Senado Federal, em 2018 e 2022. Contribui também o definhamento do PSDB em todo o estado, que perdeu parlamentares, prefeitos e vereadores desde a derrota do então governador José Eliton, que concorreu à reeleição em 2018.
Outras opções oposicionistas – Gustavo Mendanha (Patriota) e Major Vitor Hugo (PL) viraram água, ou seja, perderam consistência político-eleitoral para novo embate ao governo de Goiás. Mendanha aderiu à base governista, após fazer dura oposição a Ronaldo Caiado. Vitor Hugo também aliou-se ao governo estadual, após discurso de oposição.

Esquerda

O PT, PC do B, PSB, Rede, Psol, PCB e PCO não conseguem lançar chapas competitivas majoritárias (governador e senador) em Goiás desde 1982, quando foram restabelecidas as eleições diretas nos estados. O discurso da esquerda não avança em Goiás devido ao predomínio do agronegócio.
Para 2016, o deputado federal Rubens Otoni (PT), que está no seu quinto mandato, é lembrado para uma eventual disputa ao governo de Goiás.
O PT, efetivamente, conseguiu vitórias expressivas apenas nas eleições municipais em Goiânia e Anápolis. Darci Accorsi, Pedro Wilson e Paulo Garcia foram eleitos prefeitos na Capital, e Antônio Gomide conquistou dois mandatos à prefeitura em Anápolis.
Como o pleito de 2026 está distante, a movimentação vai ganhar corpo entre as lideranças do partido de oposição e tudo depende, também o desempenho no pleito municipal do ano que vem.

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