Um grupo parlamentares vai apresentar o pedido de impeachment do Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, junto à Câmara dos Deputados. A ação ocorre dias após o ministério comandado por Almeida, afirmar que custeou as passagens de Luciene Farias, conhecida como a “Dama do Tráfico” no estado do Amazonas.
A iniciativa é liderada pelo deputado bolsonarista, Rodrigo Valadares (PL), e recebeu apoio de mais 40 parlamentares da Casa Baixa do Congresso Nacional, eles justificam que existe previsão constitucional para amparar o pedido que deve ser apresentado ainda esta semana. O argumento legal a ser utilizado será o de crime de responsabilidade, que significa “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.
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A mulher que se tornou centro do mais recente escândalo a atingir o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é mulher de Clemilson Farias, considerando um dos líderes chave do Comando Vermelho no Amazonas. Durante sua estada na capital federal, ela teve encontros com os deputados André Janones (Avante) e Guilherme Boulos (Psol), além de reuniões no Ministério dos Direitos Humanos e Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Luciene Farias, já foi condenada pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e associação para o tráfico. Ela responde em liberdade, recorrendo da pena de 10 anos de detenção imposta pelo poder judiciário.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, se manifestou por meio de nota oficial, argumentando que nem o Ministério ou quaisquer pessoa ligada ao gabinete dele manteve contato com a pessoa em questão.
“Nem o ministro nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiu na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes”
A nota justifica, ainda, que a indicação da pessoa beneficiária do custeio das passagens, não teve ligação com a gestão da pasta.
“O custeio de passagens e diárias foi realizado com recursos de rubrica orçamentária destinado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ao Comitê, que observou as indicações dos comitês estaduais para a participação no encontro”