A ex-presidente Dilma Rousseff retornou ao Congresso Nacional na manhã da última quarta-feira (4/9). Ao entrar na Casa e seguir até o auditório Nereu Ramos foi rodeada por pessoas e deputados que a receberam. Sua ida a Casa foi para prestigiar o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, presidida pela senadora Zenaide Maia (PROS/RN). O evento contou ainda com a presença de ex-candidatos à presidência da República Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL).
A ex-presidente chegou ao auditório com gritos de apoio. "Olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma!" Ao longo das quase quatro horas do seminário, a ex-presidente foi uma das mais assediadas para fotos ou cumprimentos.
Em seu discurso, que durou mais de 30 minutos Dilma criticou a privatização das estatais, anunciada pelo governo Bolsonaro e a crise ambiental.
A ex-presidente criticou também a atuação da Operação Lava Jato que, segundo ela, desmontou a imagem da Petrobras para atender interesses econômicos estrangeiros. “É importante a gente notar que o processo de desmonte da imagem da Petrobras tem a ver também com o ataque da Lava Jato. A Lava Jato é responsável também por ferir economicamente as empresas nacionais, sobretudo a Petrobras”, argumentou.
"A privatização das estatais é desnacionalização dessas empresas. Principalmente das maiores. A Petrobras não será privatizada, será desnacionalizada. Não há no Brasil capital suficiente para comprar e desenvolver a Petrobras", afirmou.
Ao falar da crise ambiental da Amazônia, Dilma declarou que “O gasto em meio ambiente veio caindo desde após o golpe do governo Temer, que foi desmantelando os processos de fiscalização. Esse processo ganha um ímpeto no governo Bolsonaro que mostra um descompromisso com a questão da sobrevivência de um dos maiores patrimônios que nós temos, a Floresta Amazônia”.
A ex-presidente, ainda comentou sobre o programa Future-se e depois do discurso foi aplaudida de pé pela plateia.