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Cantor português Roberto Leal morre aos 67 anos

Na madrugada deste domingo (15/9), o cantor português Roberto Leal, morreu aos 67 anos, no Hospital Samaritano, em São Paulo, onde estava internado. Durante quase meio século de carreira, o cantor ficou conhecido pelas músicas “Arrebita” e “Bate o pé”.

Roberto sofria de melonoma, um tipo maligno de câncer de pele que evoluiu, atingindo o fígado e causando síndrome de insuficiência hepato-renal, ele fez tratamento contra o câncer por dois anos. O cantor deixa a mulher, Márcia Lúcia, e três filhos. De acordo com a assessoria de imprensa do cantor, ele foi internado no hospital na última terça-feira (10/9).

Segundo o empresário do cantor, José Sá, o velório será na segunda-feira (16/9) na Casa Portugal, das 7h às 14h. O enterro será à tarde, no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista. José Sá é empresário de Roberto há mais de 40 anos. "A luta era uma luta feroz, ia fazer três anos que ele lutava. Começou na vista passou para a perna, coluna e depois descobrimos que tomou o corpo", explica.

Roberto Leal morava na capital paulista havia alguns anos. De acordo com José Sá, durante o tratamento seis shows foram cancelados, devido o cantor precisar ficar no hospital. "Nós mantínhamos a agenda normal. A cada 15 dias ele vinha, segunda e terça e depois tocava a agenda", afirma o empresário.

Roberto Leal se candidatou a deputado estadual em 2018

Nascido em Macedo de Cavaleiros, no norte de Portugal, aos 11 anos, o cantor se mudou para o Brasil com os pais e nove irmãos. Em São Paulo, trabalhou como sapateiro e vendedor em uma feira. Durante 45 anos de carreira, Roberto Leal vendeu mais de 17 milhões de discos e gravou mais de 400 músicas. Entre elas, também está à música “A festa ainda pode ser bonita”.

No ano de 1978, ele protagonizou o filme “O milagre – O poder da fé”, inspirado em sua própria história. Já no final dos anos 80, voltou a morar em Portugal para se dedicar ao mercado musical europeu. Nesse período, comandou um programa na TV do país.

A popularidade do cantor ganhou vida nova quando, em 1995, depois do lançamento de “Arrebita”, os Mamonas Assassinas lançaram “Vira-vira”, que satiriza músicas dele. Em entrevistas, ele costumava dizer que se sentia homenageado pelo grupo.

Em 1998, retornou ao Brasil, dois anos depois, lançou o disco "Roberto Leal canta Roberto Carlos" e seguiu produzindo discos e coletâneas. O último, “Arrebenta a festa”, saiu em 2016. Já em 2018, se candidatou a deputado estadual em São Paulo pelo PTB, mas não foi eleito.

Com informações do G1

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