O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) produziu um documento que demonstrou como o rastreamento de aparelhos celulares e a quebra de sigilo bancário auxiliou os investigadores da Polícia Civil (PCGO) na apuração que culminou na prisão de dez policiais militares acusados de matar sete pessoas como forma de destruírem as provas ligadas ao assassinato de um empresário da cidade de Anápolis.
Os dados foram revelados pelo portal G1 e apontam que o cruzamento de informações obtidos através da quebra de sigilo telefônico e bancário dos acusados possibilitou aos investigadores traçarem a linha do tempo e metodologia utilizada pelos acusados durante o cometimento dos crimes. Um dos fatos que despertou a atenção dos agentes foi a movimentação bancária de valores que estariam acima do considerado compatível com o salário da Polícia Militar.
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A documentação aponta que o policial militar Marcos Jesus Rodrigues, que já está preso, realizou a movimentação de aproximadamente R$ 6 milhões de reais nos últimos quatro anos. Outro PM, Almir Tomás de Aquino Moura, teria também movimentado a bagatela de R$ 5,8 milhões de reais. Além dos dados bancários, a investigação apontou por meio da geolocalização dos aparelhos telefônicos que os acusados estariam em locais estratégicos para o cometimento dos crimes.
O empresário Fábio Alves Escobar foi morto no interior do estado, ele foi baleado por dois homens encapuzados na noite do dia 23 de junho de 2021. Apesar de não relatar qual a motivação para o assassinato, o documento aponta que os policiais presos simularam confrontos entre suas vítimas para que pudesse esconder a morte de Escobar.
Dentre as vítimas dos policiais estão:
• Bruna Vitória Rabelo,
• Gabriel Santos Vital,
• Gustavo Lage Santana,
• Mikael Garcia de Faria,
• Bruno Chendes,
• Edivaldo Alves da Luz
• Daniel Douglas de Oliveira.