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POLÍTICA

Célio Moura aposta no desenvolvimentismo

Depois de ter sido candida­to a vice-governador na chapa de Amastha, o advogado Célio Moura, de Araguaína, vem sendo a sensa­ção da disputa eleitoral no Tocan­tins como candidato à Câmara Fe­deral. Seus comícios têm atraído muita gente, mostrando que esse tipo de mobilização ainda funcio­na. Candidato pelo PT, apoiando Marlon Reis para governador, Célio já é um veterano da política tocanti­nense. Em l990, ele se candidatou a governador. Não venceu, mas pro­vocou o segundo turno, e seu poio a Moisés Avelino provocou a der­rota de Moisés Abrão, o candida­to apoiado por Siqueira Campos.

Em 2012, Célio foi candidato a prefeito de Araguaína, contra a Pro­fessora Valderez. Num eleitorado de mais de 100 mil votantes, per­deu por menos de 50 votos. “Na reta final, eu não tinha mais recur­sos, não consegui contratar um car­ro de som, e acabei morrendo na praia”, lembra ele, bem humorado. “As derrotas não me abatem; elas me fortalecem”, diz Célio. De todos os políticos que atuam desde a fun­dação do Tocantins, sou o único que nunca, em momento algum, se liou ao siqueirismo”, diz o petista.

Célio vem empolgando as massas em virtude de sua elo­quência. Sua retórica é contun­dente, e seu programa de atua­ção não admite vacilação. “Tenho o compromisso de fazer uma De­fesa intransigente de uma política de pleno emprego mediante mo­bilização de grandes investimen­tos públicos nas áreas sociais e de infraestrutura”, diz o advoga­do, para quem a retomada do de­senvolvimento é questão crucial.

“Estudos indicam que o Brasil terá que crescer pelo menos 4% ao ano para erradicar, nos próxi­mos anos, o desemprego, a mi­séria e a fome”, diz. “Essas polí­ticas neoliberais de ajuste fiscal, de teto de gastos e de desmante­lamento do Estado Nacional, im­plementadas por Temer, levaram o Brasil a este estado de coisas.

Por isso, diz ele, é preciso a “formulação de um plano estra­tégico de retomada do desenvol­vimento do pré-sal sob controle nacional, favorecendo o aumen­to do emprego e da renda inter­na. Temos que ressuscitar a in­dústria naval brasileira e investir na ampliação do parque de refino. O quinto maior produtor de petró­leo do mundo não pode mais im­portar combustíveis pagando em dólar. O Brasil não precisa pas­sar por essa humilhação”, garante.

Para quem vive nas fímbrias a Amazônia, a “implantação de uma política nacionalista e de defesa da Amazônia e dos recursos hídricos do país” é um tema sensível. “Para nós, a defesa da Amazônia é, sobre­tudo, a promoção do bem-estar dos que vivem na Amazônia”, diz ele.

Célio diz que é hora de en­frentar o “capital vadio”, de “par­tir para cima dos bancos, como bem propondo nosso futuro pre­sidente Haddad. “A adoção de uma política fiscal e monetária favorável ao desenvolvimento das forças produtivas com taxas de juros moderadas exige a re­forma bancária”, garante.

Nesse contexto desponta a luta “pela declaração de nulidade da dívida dos Estados junto à União e sua conversão em investimentos sociais e de infraestrutura”, afirma. “Essa dívida que nunca acaba, e que aumenta quanto mais se paga, vem estrangulando os estados e os municípios brasileiros, sendo que o pagamento dela serve apenas para aumentar a fortuna de uma mino­ria de rentistas bancários”, dispara.

Visando fortalecer e diversificar a indústria nacional, Célio defende uma “redefinição de regras de ga­rantia do conteúdo nacional em equipamentos importados para garantir emprego interno”

O país sofre quase sempre a sa­botagem de investidores estran­geiros, que se retiram do país pelos motivos mais fúteis. Por isso, afir­ma, “defendo a imposição de con­troles à saída de capitais, se neces­sário para proteger nossas reservas internacionais, através do aumen­to do Imposto sobre Operações Fi­nanceiras Internacionais”.

Reduzir a dependência inter­nacional do Brasil, diz Célio, é buscar parcerias estratégicas com outros players internacionais. Daí a necessidade de “estabelecimen­to de acordos estratégicos com bancos chineses a fim de esca­par da financeirização bancária e dos altos juros do sistema ban­cário ocidental”, afirma.

Por fim, diz Célio, “vamos lutar por uma reforma tributária que re­duza os impostos dos pobres e au­mente os impostos dos ricos, e fa­zer um referendo revogatório das leis impostas pelo governo Temer, a fim de resgatar a soberania nacio­nal em áreas estratégicas”, propõe.

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