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Exército impediu retirada de acampamento golpista

As declarações foram feitas por oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal em depoimento na Operação Lesa Pátria

Imagem ilustrativa da imagem Exército impediu retirada de acampamento golpista

Os oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) investigados na Operação Lesa Pátria, que mira os atos golpistas na Praça dos Três Poderes, afirmaram que o Exército impediu a desmobilização do acampamento montado em frente ao Quartel General em Brasília.

Os depoimentos prestados à Polícia Federal (PF) confirmam o que já havia sido relatado pelo governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e pelo ex-secretário de Segurança Anderson Torres, que está preso preventivamente na investigação.

Torres chegou a dizer que, após a tentativa de atentado terrorista no dia 12 de dezembro, quando extremistas tentaram explodir uma bomba perto do aeroporto de Brasília, ele passou a considerar o local como um potencial 'foco de criminosos'.

O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, que era chefe do Departamento Operacional da corporação, setor responsável pelo planejamento da operação de segurança para o 8 de janeiro, disse que houve 'diversas reuniões' para desmontar o acampamento. "O Exército frustrou todos os planejamentos e tentativas", disse no depoimento. Ele estava de licença no dia em que os radicais invadiram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Planalto e do Congresso e foi preso na última fase da Lesa Pátria.

O comandante Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, que substituiu o coronel no cargo e foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta semana, declarou que a PM do DF chegou a mobilizar 500 agentes para desmontar o acampamento. "Não houve entendimento com o Exército para prosseguimento da referida operação", afirmou ao acrescentar que não tinha mais detalhes das negociações.

Os oficiais investigados na Operação Lesa Pátria também afirmaram que o efetivo mobilizado no dia 8 de janeiro não era suficiente para conter os manifestantes. A avaliação foi feita pelo major Flávio Silvestre de Alencar e pelo tenente Rafael Pereira Martins, que foram presos temporariamente na investigação.

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