O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, Tenente Coronel Mauro Cid, afirmou que o então mandatário do Planalto se reuniu com os chefes das forças militares para discutir a possibilidade de um golpe de estado. As declarações foram feitas no âmbito do acordo de delação premiada entre Cid e a PF.
Cid informou aos agentes durante seu depoimento que testemunhou o famigerado encontro entre Bolsonaro e os comandos das Forças Armadas. Segundo apurações, o General Marco Antônio Freire Gomes, do Exército, se recusou a participar da trama, além dele, o Brigadeiro Batista Júnior, da Aeronáutica, também se negou a entrar no esquema golpista.
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O único militar que se mostrou disposto a apoiar Bolsonaro na realização de um possível golpe, foi o Almirante Almir Garnier Santos, da Marinha. O ex-presidente, no entanto, considerou que apenas o suporte da Marinha não seria o suficiente para a efetivação do plano. O ex ajudante de ordens revelou ainda, que a reunião com o alto escalão das forças armadas contou com duas presenças fora do âmbito político: um advogado constitucionalista e um Padre, Cid salientou não se lembrar dos nomes .
A delação de Mauro Cid vai além, e afirma que Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto, que anularia as eleições e determinaria a prisão daqueles considerados inimigos ou opositores. O documento, teria sido entregue pelo assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Felipe Martins. Os investigadores apuram a possibilidade de ser esta a mesma minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.